Hugo Calderano perdeu para o chinês Ma Long nesta quinta-feira (25) e acabou eliminado do mundial de tênis de mesa na Hungria. Apesar da derrota, deixa marcado seu nome na história da modalidade no Brasil igualando Ubiraci Rodrigues da Costa, o Biriba, em 1961 e Cláudio Kano em 1987. Somente os três ficaram entre os 16 melhores em mundiais, mas isso não quer dizer que o mesatenista carioca tenha ficado satisfeito.
“O sorteio faz parte da competição. Infelizmente, joguei com o Ma Long. Mas foi uma experiência muito boa. Vou continuar treinando para ganhar dele e dos outros atletas da China no futuro. Não posso dizer que fico satisfeito, pois sempre quero ir além. Eu sei que tenho a capacidade de enfrentar os melhores, só é muito difícil manter a regularidade e a consistência”, analisa o brasileiro.
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O currículo de Ma Long é de altíssimo nível. Dentre outros inúmeros títulos, é o atual campeão olímpico e bicampeão mundial individual, além de ser bicampeão olímpico por equipes. Foi o terceiro jogo que Hugo Calderano fez contra o chinês. Os outros foram em dois Mundiais por equipes e tanto em 2014, em Tóquio, quanto em 2018, em Halmstadt, o brasileiro perdeu por 3 a 0.
Desta vez Calderano conseguiu vencer um game, o primeiro, por 11 a 8. Ma Long empatou logo a seguir devolvendo o placar e deu uma aula de tênis de mesa no terceiro e no quarto games. Imparável e sem errar, fez 11 a 1 e 11 a 3. No último, o brasileiro voltou a fazer frente ao rival, mas caiu com novo 11 a 8 (confira logo abaixo os melhores momentos ou o jogo inteiro).
“Foi muito difícil, joguei muito bem nos dois primeiros sets, coloquei um pouco de pressão nele. Mas ele é um jogador muito forte, quase não comete erros. Ele ganhou o segundo set, relaxou mais e o nível dele cresceu bastante. Não consegui manter o nível muito alto depois que ele começou a jogar muito bem”, avaliou o brasileiro.
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Para chegar nas oitavas, Calderano venceu o argentino Horacio Cifuentes na primeira rodada da chave principal por 4 a 2 e repetiu o placar contra o japonês Kazuhiro Yoshimura. A seguir passou pelo indiano Sathiy Gnanasekaran por 4 a 0.
Sorteio ingrato
Apesar das credenciais, Ma Long joga poucos torneios abertos, ainda mais esse ano que lesionou o joelho, e não ocupa as primeiras colocações do ranking mundial. Isso colaborou para que o sorteio colocasse o chinês no caminho de Calderano.
“O sorteio faz parte da competição. Infelizmente, joguei com o Ma Long. Mas foi uma experiência muito boa. Vou continuar treinando para ganhar dele e dos outros atletas da China no futuro. Não posso dizer que fico satisfeito, pois sempre quero ir além. Eu sei que tenho a capacidade de enfrentar os melhores, só é muito difícil manter a regularidade e a consistência”, analisa o brasileiro.
Calderano contra chineses
Os chineses vencem o mundial individual masculino desde 2005, ou sete torneios seguidos. No feminino, a última vez que perderam foi em 1993.
Em toda a história, Hugo Calderano jogou 26 vezes contra atletas da China e só conseguiu cinco vitórias. A história começou em 2010, quando o brasileiro ainda era cadete e o primeiro resultado positivo aconteceu em 2016, já como profissional, depois de uma sequência de 13 derrotas.
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A primeira vitória veio no Aberto da Áustria de 2016. Hugo Calderano bateu Wang Chuqin por 4 a 2 e, na sequência, pelo mesmo torneio, derrotou Fang Yinchi por 4 a 3. Já em 2017, foram três jogos. O brasileiro perdeu para Yan An por 4 a 3 em Budapeste e para Xu Xin por 4 a 1 em Dusseldorf, mas venceu Li Yijie também por 4 a 1 em Olomouc.
2018 foi o ano em que Hugo Calderano mais vezes jogou contra atletas chineses. O número de confrontos foi acertando conforme o brasileiro foi subindo no ranking mundial. Na semifinal do Aberto da Hungria, ele perdeu para Fan Zhendong. No Qatar, vitória histórica sobre Lin Gaoyuan para ir à decisão, mas a chance de título acabou de novo em Zhendong.
Depois do vice-campeonato no Aberto do Qatar, Hugo Calderano perdeu para Ma Long no Mundial por equipes, caiu diante de Lin Gaoyuan nas quartas na Coreia do Sul e para Liang Jingkun na mesma fase do Aberto da Áustria. No Finals do circuito mundial, no entanto, o brasileiro voltou a derrubar um chinês ao derrotar Fan Zhendong pela primeira vez na carreira por 4 a 2.
Em 2019, antes do duelo contra Ma Long, apenas um chinês foi enfrentado por Hugo Calderano. Curiosamente, a derrota foi para Wang Chuqin por 4 a 2 no Aberto de Budapeste. Curiosamente, Chuqin foi o primeiro atleta da China que o brasileiro conseguiu bater na carreira em 2016.
