Os mesa-tenistas brasileiros estreiam nesta terça-feira (20) no Campeonato Pan-Americano de Tênis de Mesa, em Santiago, no Chile. Além do título, a competição tem mais dois fatores de motivação: vale vaga nos Jogos Pan-Americanos de 2019, em Lima, no Peru, e também é classificatória para a Copa do Mundo por Equipes, em novembro do ano que vem, no Japão.
A competição de equipes vai determinar dois classificados em cada gênero para os Jogos de Lima e a Copa do Mundo. Outras quatro equipes colocadas entre a terceira e a sexta colocação estarão também com vaga assegurada no Pan de 2019.
O Brasil leva para o Chile um time muito experiente. No masculino, Eric Jouti, Vitor Ishiy, Thiago Monteiro e Humberto Manhani serão os participantes. No feminino, o país leva o que tem de melhor na atualidade, com as quatro atletas presentes no ranking mundial: Bruna Takahashi, Lin Gui, Caroline Kumahara e Jessica Yamada.
O tênis de mesa brasileiro defende a manutenção de uma hegemonia nas Américas. No último Campeonato Pan-Americano, em Cartagena, na Colômbia, o país ganhou ouro nas duas disputas por equipes, no torneio individual masculino (Hugo Calderano), nas duplas masculinas (Eric Jouti e Vitor Ishiy) e nas duplas mistas (Bruna Takahashi e Vitor Ishiy), além de ter conquistado outras medalhas.
Exatamente por este domínio, o técnico da Seleção feminina, Hugo Hoyama, acredita que o Brasil tem o objetivo de ganhar o maior número possível de títulos no Chile: “Lógico que é uma competição onde a gente vai brigar pelo ouro. Mas temos pela frente algumas equipes bem fortes, como Estados Unidos, Canadá, Porto Rico, entre outras. Nossas meninas foram campeãs no ano passado, vencendo as americanas pela primeira vez. Se elas entrarem bem concentradas e conseguirem dar o melhor, a chance de conquistar o ouro novamente é muito grande. Já é uma grande preparação para os Jogos de Lima em 2019”, avisa o recordista de medalhas nos Jogos Pan-Americanos, com 15 pódios em sete disputas.
O técnico da equipe masculina, Lincon Yasuda, espera um alto grau de dificuldade no torneio: “Vai ser muito equilibrado. Primeiro devido ao sistema, igual ao da Copa do Mundo por Equipes, onde o primeiro jogo é o da dupla. Ele é mais aberto, dando margem a mais possibilidades, o que aumenta o equilíbrio entre os times. E também precisamos considerar o nível forte de muitas seleções aqui, com pelo menos um jogador com capacidade de fazer os dois pontos por suas equipes. Teremos uma mescla muito interessante, entre a juventude de Jouti e Ishiy com a experiência de Manhani e Monteiro”, lembra Yasuda.
Nesta temporada, o Brasil teve bons resultados nas competições pan-americanas e latino-americanas. Na Copa Pan-Americana, em junho, a final foi brasileira, entre Hugo Calderano e Gustavo Tsuboi, com o primeiro conquistando o título. No Latino-Americano, em março, o país conquistou cinco dos sete títulos possíveis e um total de 13 medalhas.