A partir desta sexta-feira começa o confronto entre Equador x Brasil pela Copa Davis, em Ambato, na casa do adversário. Visando a preparação para a altitude de 2.500 m o time de brasileiros, formado pelos tenistas Thomaz Bellucci, Thiago Monteiro, Marcelo Melo e Bruno Soares, além do reserva Gabriel Decamps, está desde domingo se ambientando na cidade equatoriana.
Para João Zwetsch, capitão da equipe brasileira, a altitude é um fator que sempre vai incomodar: “Estamos nos preparando de uma forma um pouco diferente, jogar tão acima do mar nunca é algo que os jogadores estejam acostumados e exige uma preparação específica para esta condição. O pessoal está respondendo muito bem e apesar das dificuldades de se jogar com essa altitude, todos estarão preparados até sexta-feira para o confronto”.
O Brasil já treina na quadra do Club Tungurahua, local da disputa em dois turnos: pela manhã e à tarde. A ordem dos jogos da Copa Davis será definida nessa quinta-feira através de sorteio às 13h e as partidas começam a ser disputadas na sexta-feira, às 12h.
Cada detalhe passa a ser importante para a ambientação dos tenistas ao fuso horário e aos treinos. Logo, a preocupação passa por diversos setores: “Um confronto em uma altitude dessas deveria que ter um prazo maior de adaptação, mas como não tivemos a nossa preocupação maior é primeiramente com a alimentação (…), depois com a ingestão de muitos líquidos, em dormir bem e progressivamente em aumentar a intensidade do treinamento nesses seis dias de adaptação”, comentou o preparador físico da equipe Eduardo Faria.
Sobre Marcelo Melo, tenista brasileiro campeão de duplas domingo no Masters 1000 de Miami, o preparador destacou o trabalho de regeneração na última segunda e terça. Nesta quarta, o duplista já treinou em quadra. “Marcelo e Bruno estão cada vez melhores, já tem aquela vantagem de se conhecerem muito e isso ajuda muito eles na questão dos treinamentos”, comentou o capitão João Zwetsch.
As partidas na Copa Davis acontecem da seguinte forma: dois jogos de simples na sexta-feira, um jogo de duplas no sábado e, novamente, dois jogos de simples no domingo. João ressaltou que, muitas vezes, não é a técnica que ganha a partida: “Os jogos têm uma tendência de não ser jogos de muita qualidade, em função das condições de fato: a bola está muito rápida, o jogo é muito rápido, é difícil controlar muitas vezes pela altitude, mas acho importante ter consciência de que são partidas em que a competitividade, a garra e a motivação acima de tudo vão fazer a diferença”.