Após seis anos, o Torneio Aberto do Brasil – ATP 250 – Brasil Open 2017 voltou a ter uma dupla 100% brasileira campeã. O mineiro André Sá e o paulista Rogério Dutra Silva derrotaram o gaúcho Marcelo Demoliner e o neozelandês Marcus Daniell com parciais de 7/6(5), 5/7 e 10-7 neste domingo, no Esporte Clube Pinheiros.
Enquanto Sá venceu o 11º título da carreira e segundo no Brasil Open, Rogerinho levantou um troféu de ATP pela primeira vez. Os dois dividem uma premiação de US$ 24.680. O mineiro de 39 anos e o paulista de 33 jogaram juntos pela primeira vez nesta semana em São Paulo. Sá já havia levantado o troféu do torneio em 2008, ao lado do conterrâneo Marcelo Melo.
“A gente nunca tinha jogado juntos antes, mas vi ele jogando em Chennai e Melbourne, falei com o técnico dele que ele estava jogando bem, que queria convidá-lo para jogar. Felizmente, a gente se sentiu bem, com energia boa desde o começo. Combinando jogadas que deram certo, estratégias diferentes em cada jogo, confortáveis um com o outro para jogar da maneira correta”, comentou Sá.
Os 250 pontos do título levarão Sá de volta ao top 50 de duplas. Demoliner e Daniell também somaram 150 pontos importantes na corrida para disputar o ATP Finals, torneio que reúne as oito melhores duplas do ano. O gaúcho e o neozelandês já estão no top 20 do ranking da temporada. “Eles (Demoliner e Daniell) jogam um estilo muito complicado, variam muito o saque, a velocidade, quando cruzam as jogadas. É sempre algo diferente, não te dão ritmo. Obviamente estão jogando bem, perdi para eles em Auckland com o Leander (Paes). Estão muito bem entrosados”, analisou o mineiro.
“Além da tática, que encaixou bacana, esse lado na hora de chamar a torcida foi essencial nos pontos importantes, quando não estava dando tão certo. Isso nos deu muita confiança”, disse Rogerinho, surpreso por levar seu primeiro troféu de ATP nas duplas. “Não esperava. A sensação é muito boa de ganhar em casa, ainda mais em São Paulo, em um torneio tão tradicional como este”, comemorou. “Jogar ao lado do André, que é uma lenda do tênis, não por idade (risos), mas pelo que fez e ainda faz pelo tênis, me dando toques é algo que vai me ajudar muito daqui para frente em simples. Toda essa semana foi muito bacana como profissional e como pessoa também”.
Rogerinho é o primeiro brasileiro campeão de duplas do Brasil Open que não é das Minas Gerais. André Sá (2008 e 2017), Marcelo Melo (2008 e 2011), Bruno Soares (2011, 2012 e 2013) e Daniel Melo (2001) já figuravam na galeria de vencedores. “Sempre que tiver uma brecha no calendário, se for uma semana interessante no calendário para jogar, ele (Rogerinho) vai ser o primeiro da lista”, completou Sá, sobre a possibilidade de reeditar a parceria com Rogerinho no futuro.
Chuva interrompe final de simples, que recomeça às 12h de segunda
A chuva em São Paulo neste domingo impediu que a final do Torneio Aberto do Brasil – ATP 250 – Brasil Open 2017 fosse completada. O espanhol Albert Ramos-Viñolas liderava contra o uruguaio Pablo Cuevas por 7/6(3) e 3/3 quando o jogo foi interrompido no Esporte Clube Pinheiros. A partida será retomada às 12h desta segunda-feira.
Cuevas está em busca de um inédito tricampeonato consecutivo no Brasil Open. Apenas o espanhol Nicolas Almagro venceu o torneio três vezes, em 2008, 2011 e 2012. Já Ramos-Viñolas, que salvou um match point na semifinal contra o português João Sousa, tenta seu segundo título de ATP na carreira.
No primeiro set da final, Cuevas chegou a ter dois set points, no saque de Ramos-Viñolas. No entanto, o espanhol salvou ambos e prevaleceu no tiebreak. O uruguaio chegou a ter uma quebra de saque de vantagem no segundo, mas o cabeça de chave 2 havia empatado no game anterior à interrupção pela chuva.