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Bia despacha Wozniacki e segue fazendo história no US Open

Brasileira derrota a dinamarquesa ex-número um do mundo e chega pela primeira vez nas quartas de final do US Open. Pega agora Karolina Muchova para igualar melhor resultado dela em Grand Slams

Bia Haddad Maia Beatriz Haddad Maia tênis US Open quartas de final oitavas
(facebook/BiaHaddadMaia)

Bia Haddad Maia segue fazendo história no US Open. Nesta segunda-feira (2), num Louis Armstrong Stadium lotado, ela derrotou a ex-número 1 do mundo Caroline Wozniacki por 2 a 1 (6/2, 3/6 e 6/3) e avançou para as quartas de final do Grand Slam estadunidense pela primeira vez na carreira. Além disso, coloca o Brasil entre os oito melhores do torneio pela primeira vez desde Maria Ester Bueno, em 1968.

Agora, a brasileira número 21 do ranking mundial enfrenta a tcheca Karolina Muchova número 52. Se vencer, Bia chegará pela segunda vez na carreira numa semifinal de Major. A primeira foi em Roland Garros ano passado, quando perdeu para a polonosa Iga Swiatek, tenista que domina hoje o circuito profissional feminino. Bia Haddad e Muchova já se enfrentaram três vezes com três vitórias da tcheca.

Wozniacki

Hoje com 34 anos e 71ª do mundo, Wozniacki atingiu o topo do ranking em novembro de 2010 e, em 2018, venceu o Australian Open. No US Open, a dinamarquesa foi finalista em 2009, perdeu para a belga Kim Clijsters, e 2014, quando caiu para o tricampeonato da estadunidense Serena Williams. Ainda em Flushing Meadows, foi semifinalista em 2010, 2011 e 2016. Ela tem nada menos do que 30 títulos de simples na WTA. Ela retirou-se do circuito em 2020 e, entre 2021 e 2022, teve dois filhos. Olívia primeiro e depois James, ambos com o ex-jogador de basquete David Lee.

Caroline Wozniacki tênis campeã Australian Open
Caroline Wozniacki com seu troféu de Grand Slam (facebook/CarolineWozniacki)

Quebras e mais quebras

O jogo começou com as sacadoras em dificuldades. Nos cinco primeiros games, foram nove break points e quatro quebras, sendo três para Bia Haddad Maia. Até então, o quarto game fora o único em que o serviço foi confirmado, por Bia, mas com muita dificuldade. No sexto game, a brasileira voltou a confirmar e abriu 5 a 1. no sétimo, Wozniacki finalmente conseguiu manter um serviço para descontar para 2/5.

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No oitavo game, quando o placar mostrava 15/30 contra o saque da brasileira, todo o sistema tecnológico do US Open caiu. Nada que demorasse muito para ser reestabelecido. Na volta, Bia chegou a ter um break point contra, mas manteve o serviço e fechou o primeiro set com um ace.

Igual, mas diferente

Assim como na primeira parcial, os dois primeiros games do segundo set foram vencidos na devolução. Primeiro com Bia Haddad Maia e depois com Wozniacki. Porém, diferentemente do set anterior, desta vez quem saltou na frente com uma segunda quebra foi a dinamarquesa. Fez 3 a 1 no quarto game e salvou dois breaks para se manter à frente no sétimo, no 5 a 2. No nono game, empatou o confronto.

Tudo ou nada

Bia Haddad derrubou o primeiro serviço de Wozniacki pela terceira vez no jogo, porém, agora, sem perder o dela. Abriu 3 a 0 e se manteve com uma quebra acima até o 5 a 2. No oitavo game, Caroline Wozniacki sacou pela sobrevivência, abriu 30/0, teve o set point, mas tomou o empate. Apesar do susto, a dinamarquesa fez o 3/5, e a brasileira foi sacar para as quartas de final com o jogo já chegando a duas horas e meia de duração.

Wozniacki começou o nono game melhor e teve uma bola na mão para abrir 0/30. O golpe fatal, porém, ficou na fita e o placar apontou 15 iguais. Bia perdeu o ponto seguinte colocando um forehand pra fora e buscou novo empate com um lindo winner de backhand na paralela. O primeiro match point, no 40/30, veio num erro da dinamarquesa, que o salvou após uma intensa troca de bolas do fundo da quadra. Numa dupla falta, veio o primeiro break point, salvo logo a seguir num serviço certeiro.

Tensão total

A tensão no Louis Armstrong Stadium era total. Bia Haddad Maia chegou ao segundo match point num erro não forçado de Wozniacki, mas a brasileira devolveu o ‘presente’ e novamente o placar ficou igual. Novo erro de Bia e o segundo break point, salvo num smash da rede. O terceiro match point chegou com um voleio de esquerda e esse a brasileira aproveitou.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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