Depois de uma temporada em que furou a bolha do tênis, Beatriz Haddad Maia foi eleita a “Mulher do Ano” pela renomada revista GQ Brasil. A paulista de 27 anos chegou na semifinal de Roland Garros e fechou o ano na 11ª colocação do ranking mundial. Além de comemorar seu 2023, Bia também revelou o desejo de ser mãe em entrevista após o prêmio.
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“A cada etapa, fui me consolidando, e passei a sentir confiança para subir ao próximo estágio. Nunca quis pular barreiras”, disse ela. Ainda vivemos em um mundo machista. “Maria Esther [Bueno] fez parte de uma geração que lutou por isso e pelo prêmio em dinheiro. Respeito e valorizo. Com certeza, não me coloco na mesma página”, prosseguiu.
Bia Haddad fez uma campanha histórica em Roland Garros, no primeiro semestre do ano. Ela chegou na semifinal do torneio, quebrando um jejum de 55 anos sem uma brasileira no top-4 de um Grand Slam – não acontecia desde Maria Esther Bueno, no US Open de 1968. Considerando homens e mulheres, a última vez fôra com Guga, campeão de Roland Garros-2001.
A campanha de Bia a fez chegar no top-10 do mundo, tornando-se a primeira brasileira da história a atingir o feito (o ranking da WTA surgiu já no fim da carreira de Maria Esther). Em seguida, Bia ainda chegou nas oitavas de Wimbledon, onde precisou abandonar o torneio por lesão, e foi campeã do WTA Elite Trophy, a maior conquista de sua carreira.
Hoje número 11 do mundo, Bia Haddad sonha em conquistar um Grand Slam em simples e, enquanto isso não acontece, adia alguns planos. Um deles é ter filhos. “Quero ser mãe. Por isso, planejo competir mais uma década. A maternidade é um sonho e afeta diretamente a decisão da aposentadoria”, revelou à revista.