O acreano Lucas Calegari viveu um sonho nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023. Integrante da torcida Movimento Verde Amarelo, ele marcou presença no Centro Deportivo de Tenis em praticamente todos os dias da última semana e pôde vivenciar a melhor campanha do Brasil na história da modalidade, da qual é fã, em Pans fora do país.
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“É um sonho realizado, de verdade. Eu nem esperava conseguir assistir durante toda semana. Já estive duas vezes no Rio Open, mas lá é só masculino. Pude acompanhar também o feminino aqui, vi pela primeira vez Luisa e Laura, nossa dupla bronze olímpico, jogando e ganhando o ouro. Foi fantástico, eu tava vivendo um sonho”, falou Calegari, jornalista que tem 29 anos de idade.
Atualmente, Calegari é o capitão de tênis do Movimento Verde Amarelo. Criado em 2008, o MVA é uma espécie de torcida organizada do esporte brasileiro. A organização iniciou sua trajetória no futebol e já comandou a festa nas arquibancadas em três Copas do Mundo, mas hoje também está presente em outras modalidades, apoiando os atletas brasileiros em grandes competições mundo afora.
A paixão pelo tênis
Lucas Calegari é um dos que estão atentos às diversas modalidades esportivas. A sua favorita é o futebol, seguido pelo basquete e, depois, pelo tênis. Sua paixão pelo esporte da raquete surgiu no início da década de 2010, quando passou a acompanhar o auge do Big 3 – Novak Djokovic, Rafael Nadal e Roger Federer. A partir de então, o amor cresceu e permanece até hoje.
“Hoje eu sou apaixonadaço por tênis, não imagino minha vida sem ver a modalidade. Acompanho o circuito semana a semana, tanto masculino quanto feminino, e principalmente de olho nos ‘brazucas’, né. As nossas meninas que arrebentam pra caramba, os meninos também mandam super bem. Toda semana eu estou acompanhando”, disse ele.
Calegari é um dos cerca de 30 integrantes do MVA que viajaram até a capital chilena para prestigiar os atletas brasileiros no Pan. O jornalista já esteve presente em eventos de diversas modalidades no evento, como skate, ginástica artística e basquete, mas foi no tênis que ele realmente se encantou. Afinal, o país fez a sua melhor campanha na história em uma edição fora do país, com três ouros, uma prata e um bronze – a melhor no geral foi em São Paulo-1963, com três ouros, duas pratas e um bronze.
“Sábado, podia das finais de duplas, com certeza foi um dos melhores dias da minha vida. Dois ouros, um na dupla masculina, com um estádio aqui lotado contra a gente, clima hostil de Libertadores, hostil, e outro com as meninas. Luisa e Laura ganhando a dupla feminina foi espetacular, inesquecível”, falou Calegari.
Campanha com participação da torcida
Muito do desempenho dos tenistas brasileiros em Santiago-2023 passou pela torcida brasileira, que os empurrou rumo às vitórias e à grande campanha. “Me sinto em casa. Os brasileiros são os melhores. É a melhor torcida do mundo! Não tem nem o que falar deles, é um prazer jogar na frente deles, chamá-los, gritar ‘vamos’ e escutá-los dentro da quadra”, falou Laura Pigossi, ouro no individual feminino.
O Brasil também conquistou ouros nas duplas masculinas, com Gustavo Heide e Marcelo Demoliner, que derrotaram os chilenos Tomás Barrios e Alejandro Tabilo em uma atmosfera de Copa Davis. Medalhistas olímpicas em Tóquio-2020, Luisa Stefani e Laura Pigossi ainda levaram o ouro nas duplas femininas com vitória sobre colombianas.
Sonho por Grand Slam
Para Santiago-2023, o MVA produziu uma bandeira de Fernando Meligeni, um dos principais tenistas brasileiros na história e que foi medalhista de ouro no Pan de Santo Domingo-2003. Lucas Calegari pôde tirar uma foto com sua sobrinha, Carol Meligeni, que esteve em Santiago e caiu nas quartas de final do torneio individual. Depois de muitos sonhos realizados, sua meta agora é assistir de perto um torneio Grand Slam.
“O meu torneio favorito de todo o circuito é o Australian Open. Eu costumo ficar a madrugadas assistindo, já teve vezes de eu ficar 13 horas direto assistindo tênis, madrugada dentro. É um sonho poder estar lá um dia, ou em qualquer Grand Slam, enfim. Na Olimpíada do Rio, eu assisti tênis. Assisti, por exemplo, Serena e Andy Murray, alguns jogadores bem icônicos. Outra Olimpíada com tênis vai ser incrível também”, finalizou.
Antes de Grand Slam ou Olimpíada, Lucas Calegari estará presente em outra importante competição do tênis mundial. Depois que deixar Santiago-2023, ele partirá para Brasília, onde acompanhará a Billie Jean King Cup, espécie de Copa do Mundo do tênis feminino. O Brasil enfrentará a Coreia do Sul pelos playoffs da competição, contando com Bia Haddad, Laura Pigossi, Luisa Stefani, Ingrid Martins e Carol Meligeni.