Uma das medalhas mais improváveis do Brasil em Jogos Olímpicos veio no tênis, em Tóquio-2020. Laura Pigossi e Luisa Stefani foram as últimas a entrar na chave de duplas e saíram com a medalha de bronze em uma partida emocionante, onde a dupla brasileira salvou cinco match points. Pigossi diz que Tóquio mudou a sua vida. E agora ela quer repetir a experiência nos Jogos Olímpicos de Paris no ano que vem e voltar para casa novamente com uma medalha no peito.
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“Em Tóquio eu consegui viver na pele o que é jogar em uma Olimpíada, representando o meu país. Um sonho que eu sempre tive desde pequena. Mas lá eu consegui sentir aquilo de alma e de coração e eu prometi a mim mesma que eu ia voltar em Paris-2024 e não iria depender de ninguém para isso. Então comecei a trabalhar e a sonhar grande, mais do que eu queria dormir ou respirar. Eu joguei toda a minha energia nisso”, afirmou a tenista em entrevista ao Olimpíada Todo Dia.
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A conquista em Santiago
Neste fim de semana, Laura Pigossi garantiu antecipadamente a vaga em Paris-2024, ao levar a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos Santiago-2023. A classificação veio na semifinal, onde ganhou de virada um jogo tenso sobre a argentina Julia Riera. Jogando com a Cordilheira dos Andes ao fundo, o jogo fez parecer com que a brasileira precisasse escalar uma montanha para chegar na Olimpíada.
“É bem difícil chegar, sendo cabeça de chave número 1, com todas jogando sem pressão contra você. Você tem a pressão por ser a jogadora a ser batida. Consegui lidar bem com a situação mas não foi fácil. Se eu tivesse que escalar o Monte Everest eu escalaria. Estou bem cansada esta semana, mas eu sempre falo que esse não é um problema para a Laura do presente, é para a Laura do Futuro. O cansaço vai ter que esperar”, comentou a atleta.
Se o jogo da vaga olímpica foi um grande desafio, a final dos Jogos Pan-Americanos foi mais fácil para Laura Pigossi. Jogando tranquila, após conquistar o ouro nas duplas com Luisa Stefani e se classificar para Paris, a brasileira foi dominante na partida, vencendo Lourdes Carle, da Argentina, por 2 a 0. “Foi uma semana perfeita. Já tinha enfrentado duas vezes a Carle, então eu sabia como eu teria que jogar. Eu estava cansada, então sabia que tinha que ter muito foco para jogar menos pontos possíveis. Então, taticamente foi um jogo perfeito”, analisou.