Bia Haddad chegou ao Brasil após três meses na Europa, onde disputou Wimbledon e Roland Garros, os dois torneios mais tradicionais do tênis. Em Paris, ela fez história ao chegar na semifinal do torneio de simples. Bia também alcançou a inédita fase de oitavas de final na grama inglesa, mas precisou abandonar o jogo contra a cazaque Elena Rybakina por conta de uma lesão na lombar. Ela também precisou desistir do torneio de duplas do Grand Slam, em que jogou ao lado de Victoria Azarenka, de Belarus. Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (19) em São Paulo, a tenista top-15 falou da possibilidade de parceria com Luisa Stefani.
A tenista comentou que na atual realidade dos calendários das atletas, a possibilidade de parceria é baixa, mas reforçou que conversa com Stefani sobre o assunto. “Acho que é a pergunta que eu mais esperei, a gente (Bia e Luisa) conversa muito sobre isso. Por mim seria muito mais fácil, mas pensando na Luisa, é muito mais complicado e difícil. Ela é uma menina que joga só duplas, então ela tem que ter uma parceira, uma garantia”, explicou a semifinalista em Roland Garros.
Momento do tênis feminino
Com a atenção de Bia maior em simples (apesar de também disputar duplas), e de Luisa totalmente nas duplas, conciliar os dois torneios fica inviável para Bia, mas ela já afirmou que gostaria de voltar à parceria brasileira em algum momento. “A gente tem objetivos diferentes, o que complica um pouco, porque ela é focada 100% na dupla, e eu 100% no simples. A dupla não é minha prioridade. Então ainda não casou o momento, a gente já jogou outras vezes, inclusive já ganhamos um torneio juntas e a gente tá ansiosa para coincidir a semana pra gente poder jogar juntas”.
Bia também falou sobre o momento do tênis feminino, em que só em 2023 tiveram marcos históricos quebrados, além da própria semifinal de Roland Garros de Bia, como a conquista de Luisa Stefani do Australian Open ao lado de Rafael Matos, primeira dupla 100% brasileira a conquistar um Grand Slam. “Falando no contexto geral do tênis feminino deste ano, eu acho que a Luisa é um destaque. O que ela tá fazendo depois da lesão que ela teve. Ela ganhou WTA 250, 500, 1000, Grand Slam. Com parcerias diferentes, em todos os pisos diferentes. O que ela está fazendo é impressionante. Toda vez que cruzo com ela eu reforço o quão forte ela é”.
Sonho olímpico
Bia Haddad também já projeta o ano que vem, que inclui os Jogos Olímpicos de Paris 2024, que para ela é mais que um objetivo. Com sede em Roland Garros, ela afirma que vai buscar a vaga, independente de ser no torneio simples feminino ou nas duplas.
“Sobre a Olimpíada para mim é um sonho. Nunca participei, mas cresci no Brasil, a gente valoriza também muito as Olimpíadas, né? Às vezes as pessoas acham que no tênis a gente não valoriza tanto, mas para mim com certeza é um sonho, independente de simples ou dupla. Vou continuar trabalhando duro e fazer o meu melhor. O meu primeiro objetivo é estar saudável, né? Quanto mais saudável tiver, mais oportunidade de jogar eu vou ter, e criar oportunidades para ir bem na semanas e poder me classificar”, afirmou a atual número 13 do mundo.
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Os próximos compromissos da Bia Haddad são os WTA 1000 de Montreal, WTA 1000 de Cincinnati e WTA 250 de Cleveland (a definir) em agosto. Em seguida, ela disputa o US Open, que já tem sua presença confirmada da brasileira no torneio de simples.