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Tênis

Bia luta, mas cai para Swiatek e encerra campanha histórica em Roland Garros

Bia faz jogo duro contra número 1 do mundo, mas perde por 2 a 0 e cai na semifinal de Roland Garros

Bia Haddad sorri enquanto segura a raquete em Roland Garros
(Foto: Jimmie48/WTA)

Fim da jornada histórica de Bia Haddad Maia em Roland Garros. Após uma campanha de cinco vitórias, a brasileira foi superada pela polonesa Iga Swiatek, número um do mundo, por 2 sets a 0 (6/2 e 7/6 [7]), nesta quinta-feira (08), e parou na semifinal do Grand Slam francês. Foi a melhor campanha de um brasileiro no torneio desde Guga, em 2001.

Sua derrota foi como em todos os seus jogos no torneio francês: após muita luta. A brasileira perdeu a primeira parcial por 6/2 e fez um grande segundo set. Ela chegou a ter uma quebra de vantagem, mas sofreu o empate e levou a decisão para o tie-break. Por lá, chegou a ter um set point e desperdiçou. Iga fechou em 9-7.

Iga Swiatek vibra com mais uma vitória e ida para a semifinal de Roland Garros
(Foto: Roland Garros)

Antes de enfrentar Bia, a polonesa de 22 anos havia vencido seus cinco jogos em Roland Garros com muita autoridade, com cinco triunfos em sets diretos, cedendo apenas 15 games. A brasileira fez um jogo muito duro, em especial no segundo set, e conseguiu levar para o tie-break, o que ainda não havia ocorrido com Iga nesta edição. A partida durou 2h11min, sendo o duelo mais longo de Iga no torneio.

Bia Haddad faz história

Atualmente na 14ª colocação do ranking mundial, Bia Haddad fez história em Roland Garros, tornando-se a primeira mulher brasileira a chegar na semifinal do torneio na Era Aberta. Considerando homens e mulheres, esta foi a primeira semifinal do Brasil em um Grand Slam após 22 anos. A última vez havia sido com Guga, em 2001, justamente quando conquistou Roland Garros pela terceira vez.

Antes de iniciar sua participação no Major francês, Bia jamais havia passado da segunda rodada de um Grand Slam em 13 participações. Em Roland Garros, ela não só quebrou essa barreira, como venceu cinco partidas, incluindo duas cabeças de chave, e só perdeu para uma atleta que lidera o ranking mundial há 14 meses consecutivos. Quatro das cinco vitórias de Bia, aliás, vieram em três sets.

Por outro lado, esta é a quarta final da carreira de Iga Swiatek em um Grand Slam, a terceira em Roland Garros. A polonesa foi campeã do Major francês em 2020 e em 2022, além de ter conquistado o título do US Open, também no ano passado. Na final desta edição, Iga enfrentará a tcheca Karolina Muchova, que entrou em Roland Garros como a 43ª colocada do ranking mundial.

Como foi o jogo

A semifinal começou favorável para Bia Haddad. A brasileira conseguiu uma quebra de 0 logo no primeiro game da partida. No entanto, não conseguiu confirmar o serviço na sequência e a polonesa empatou o duelo. Iga Swiatek passou a frente no sexto game, quando quebrou o serviço da brasileira pela segunda vez. Ela seguiu com a vantagem e voltou a ter um break no oitavo game, vencendo a parcial por 6/2.

(Foto: Jimmie48/WTA)

Assim como no aconteceu no primeiro set, Iga teve dificuldades em seu primeiro game de serviço. Bia chegou a ter um break point, mas desperdiçou. Apesar disso, não demorou para que a brasileira conseguisse saltar a frente do placar. Já no terceiro game, Bia conseguiu a quebra e, em seguida, confirmou o serviço, abrindo 3/1. Foi a primeira vez que Iga ficou com dois games de desvantagem em um set nesta edição de Roland Garros.

No entanto, Bia não sustentou a vantagem e Iga voltou para a partida com uma quebra no sexto game, empatando o duelo em 3/3. Na sequência, a brasileira chegou a ter um break point e não concluiu o ponto. Iga confirmou seu serviço, assim como Bia no game seguinte e o duelo ficou 4/4. A brasileira teve mais três chances de quebra no sétimo game, mas a polonesa salvou.

As duas tenistas confirmaram seus serviços seguintes e o duelo teve que ir para o tie-break. Por lá, Bia chegou a ter duas mini-quebras de vantagem e chegou a ter um set point, mas não confirmou. Ela ainda salvou um match point, mas Iga não desperdiçou a segunda oportunidade e venceu por 9-7.

Paulistano de 23 anos. Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estou no Olimpíada Todo Dia desde 2022. Cobri a Universíade de Chengdu, o Pan de Santiago-2023, a Olimpíada de Paris-2024 e a Paralimpíada de Paris-2024.

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