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Justiça nega recurso e Djokovic está fora do Australian Open

Tenista número 1 do mundo será deportado da Austrália após governo local alegar que o atleta incentive o discurso antivacina

(Instagram/djokernole)

Chegou ao fim, na manhã deste domingo (16), a novela envolvendo a participação ou não de Novak Djokovic no Australian Open. Após um julgamento de quase 9 horas, o tenista número um do mundo viu a justiça australiana rejeitar o seu recurso e manter a sua suspensão do seu visto de entrada no país. Com o resultado do jurí, o tenista sérvio será deportado da Austrália e precisará arcar com o custos de toda a operação.

“Estou extremamente desapontado com a decisão do Tribunal de indeferir meu pedido de revisão judicial da decisão do ministro da Imigração de cancelar meu visto, o que significa que não posso permanecer na Austrália e participar do Australian Open. Respeito a decisão do Tribunal e cooperarei com as autoridades competentes em relação à minha saída do país”, disse Djokovic, por meio de comunicado.

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“Estou desconfortável que o foco das últimas semanas tenha sido sobre mim e espero que agora todos possamos nos concentrar no jogo e no torneio que amo. Eu gostaria de desejar aos jogadores, dirigentes do torneio, staff, voluntários e fãs tudo de bom para o torneio”, acrescenta o sérvio de 34 anos, nove vezes campeão do torneio. “Por fim, gostaria de agradecer à minha família, amigos, equipe, torcedores, fãs e meus companheiros sérvios por seu apoio contínuo. Todos vocês foram uma grande fonte de força para mim”.

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Djokovic será deportado da Austrália e está fora do Australian Open (Instagram/djokernole)

A estreia do líder do ranking mundial no Australian Open estava prevista para esta segunda-feira (17), contra o também sérvio Miomir Kecmanovic. O horário do jogo, entretanto, constava como indefinido. Agora, Djokovic será substituído pelo italiano Salvatore Caruso, atual número 150º do mundo e que havia sido eliminado no qualificatório. Empatado com Roger Federer e Rafael Nadal com 20 títulos de Grand Slams, o sérvio busca o seu 21º título deste nível para se isolar na liderança entre os maiores vencedores das grandes competições.

Entenda o caso

A polêmica envolvendo a participação de Novak Djokovic no primeiro Grand Slam da temporada começou ainda no dia 5 de janeiro. Na ocasião o tenista desembarcou na Austrália sem apresentar a sua carteira de vacinação alegando que tinha isenção médica por ter testado positivo para covid-19 no último dia 16 de dezembro. Parado pela polícia alfandegária, o sérvio foi encaminhado para um hotel, onde ficaria confinado.

Desde então, o nome do Djokovic tomou o noticiário mundial e a justiça australiana. Quatro dias após o início do imbróglio, o tenista conseguiu uma decisão judicial favorável na última segunda-feira (10) após o juiz Anthony Kelly entender que houve erros no processo envolvendo o tenista.

No entanto, sem contar com o visto legal exigido no país, o atleta voltou a ter o seu caso julgado e viu duas decisões contrárias em sequência. A primeira delas ocorreu na última sexta-feira (14), quando o ministro dos Serviços a Imigrantes, Alex Hawke, cancelou de imediato o visto de Novak Djokovic por ele não estar vacinado contra a Covid-19. 

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Já neste domingo,  três juízes federais, o que evita uma apelação para uma instância superior, foram unanimes em favor da saída de Djokovic do país. As alegações dão conta de que a presença de Novak Djokovic na Austrália pudesse incitar a população a produzir práticas que descumprem os protocolos da Covid-19, além de incentivar o discurso dos grupos antivacina.

No julgamento deste sábado, os advogados de Djokovic alegaram que o ministro australiano não considerou as consequências do cancelamento do visto do tenista. O representante do governo australiano, no entanto, respondeu afirmando que estava ciente de tudo que sua decisão poderia acarretar, principalmente a respeito dos ativistas antivacina.

Vale dizer ainda que durante este processo, o nome do atual número 1 do mundo acabou envolvido em diversas polêmicas. Entre elas o fato de ter participado de eventos, inclusive com crianças, já sabendo do seu teste positivo durante o mês de dezembro, além de um erro no formulário apresentado na imigração para entrar na Austrália.

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