Os últimos anos não vêm sendo nadas fáceis para o ex-número 1 no ranking do tênis brasileiro, Rogério Dutra Silva, o Rogerinho. Após um 2019 conturbado, o atleta se preparava para retornar ao circuito em 2020, quando a pandemia atingiu o mundo. A pausa forçada pelo coronavírus fez o paulista de 36 anos repensar o foco de sua carreira e optar por algo que ele jamais se imaginou fazendo: focar nos torneios de duplas.
“Eu sempre falei que não iria pra esse caminho das duplas. Depois de um tempo parado e com um nível muito alto [em simples], eu acho que pra tentar competir em um nível bom, as duplas são, entre aspas, um caminho mais curto e acessível”, comentou Rogerinho em uma live com o Olimpíada Todo Dia.
O tenista ainda apontou dois fatores que o levaram a tomar a decisão. Um deles é o tempo, incontrolável para qualquer ser humano. Já o outro é a curiosidade para explorar mares nunca dantes navegados.
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“Até pela minha idade também, não posso mentir, estou com 36 anos [risos]. Busco uma longevidade. Nas simples, o desgaste é muito maior. E também pela minha curiosidade. Porque eu nunca foquei 100% nas duplas,” explicou.
Próximos passos e parceiro
Ainda sem poder competir pela situação da pandemia no Brasil e no mundo, Rogerinho segue treinando individualmente em Santa Bárbara d’Oeste, cidade do interior de São Paulo onde reside. O tenista revelou o que pretende fazer assim que tiver a possibilidade de voltar às quadras.
“Quero fazer uma mini pré-temporada em algum lugar. Se puder ir para a Argentina, eu vou para a Argentina. Quero voltar devagarzinho, pra recuperar o ritmo e não ter nenhuma lesão. Estou há muito tempo sem jogar tênis,” contou.
Rogerinho ainda não definiu um parceiro, muito em função de não poder escolher a essa altura, já que não compete há muito tempo. “Meu ranking está ruim. Não tenho muita escolha, vai ter de ser com quem entrar e ir se adaptando.”
Atualmente, o paulista ocupa a 703ª colocação no ranking de duplas da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais). O passado, entretanto, lhe trás boas esperanças para o futuro. Sua conquista mais importante veio nas duplas.
Em 2017, o tenista conquistou o Brasil Open ao lado do compatriota André Sá. Esse foi seu primeiro e único título nível ATP. Rogerinho também já foi finalista nas duplas no ATP 500 de Hamburgo de 2012.