O fato de o Brasil não conseguir controlar a pandemia de coronavírus segue prejudicando alguns atletas. Um deles é o Fernando Romboli que, no momento, ocupa a 93ª posição do ranking de duplas da ATP. O tenista brasileiro decidiu ficar em seu país por causa da dificuldade em conseguir entrar em torneios na Europa e também porque teria que parar de treinar por 14 dias se fosse para o Velho Continente.
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“Estou optando em ficar no Brasil, esperar e ver se abrem mais torneios. O que vai definir esse ano é se houver a possibilidade de torneios fora da Europa, pois assim, aumenta a quantidade e melhora a distribuição”, explicou o atleta, que não irá aos torneios da ATP Challenger Tour nos dias 17 de agosto, em Praga e Todi, 24, em Praga e Trieste, e 31, em Ostrava e Cordenois, locais, respectivamente, alternados entre a República Tcheca e Itália.
Em decorrência da pandemia de coronavírus, a maioria dos eventos restringiu o número de inscritos tanto nas disputas de simples quanto na de duplas. Isso tem gerado um cenário com poucos torneios para uma grande quantidade de tenistas. Além disso, o tenista brasileiro não quer ter que ficar longe das quadras por 14 dias.
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“Também tem a parte de viagem. Como estou no Brasil, país considerado de risco pela União Europeia, eu teria que fazer quarentena de 14 dias quando chegasse lá. Teria que ficar sem treinar e sem poder fazer nada. Ainda são muitas incógnitas para definir de fato e ir viajar. A minha decisão vem em conjunto de todos esses fatos. Essa decisão não é fácil, mas no momento é a mais acertada”, disse Fernando Romboli.
Treinos seguem no Rio de Janeiro
Com a definição de não fazer viagens internacionais, Fernando Romboli dará sequência aos seus treinamentos no Centro de Treinamento Tennis Route, no Rio de Janeiro. Com a chave de duplas reduzida no US Open, o tenista brasileiro não poderá participar. Já em Roland Garros a quantidade de participantes não foi alterada e o atleta terá poucos torneios no período que antecede a competição no saibro francês.
“Como o US Open teve a chave diminuída, só os jogadores Top 50 de dupla vão conseguir jogar. Então, os duplistas Top 60, 65 do mundo estarão na Europa, porque Roland Garros vai ter a chave de tamanho normal, então eles vão se preparar no saibro”, comentou o tenista brasileiro.
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“Vamos ter poucos torneios nessas quatro semanas antes de Roland Garros para se preparar, e esses torneios vão estar muito duros, nível ATP. A quantidade de jogadores é a mesma, mas a oportunidade de jogar é muito menor. Eu sendo 90, 95, devo ficar de fora de alguns”, concluiu Fernando Romboli.