A espera está chegando ao fim. O circuito profissional de tênis masculino vai retornar neste mês e terá logo de cara dois dos maiores torneios da temporada em sequência. A partir do dia 20, Nova York vai receber o Masters 1000 de Cincinnati e o US Open. Ex-número um do mundo, Andy Murray sinalizou que deve estar em ambas as competições, enquanto Nick Kyrgios não disputará o Grand Slam.
Campeão olímpico, Murray sofreu com lesões nos últimos anos e chegou a pensar em aposentadoria. No entanto, o britânico conseguiu melhorar as dores e vem voltando ao circuito aos poucos. Hoje, ele é o número 129 do ranking e, apesar de reconhecer os riscos em meio à pandemia, demonstrou o desejo de disputa o US Open.
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“Apesar de estar me sentindo relativamente bem, obviamente há um risco. Mas eu quero tentar jogar os torneios (Masters 1000 de Cincinnati e US Open) e desfrutar dos grandes eventos novamente. Eu amo esses grandes torneios. Vai ser diferente sem os fãs, mas é algo que eu me importo e eu estou disposto a correr o risco jogar”, disse Murray ao jornal The Guardian.
O ex-número um do mundo deve viajar ao EUA já na próxima semana para poder treinar alguns dias antes de entrar para a chamada “bolha”, em que os tenistas ficaram no complexo de Flushing Meadows, palco do Masters 1000 de Cincinnati e o US Open.
“Você pode entrar na bolha no dia 15 de agosto. Vai ser testado na chegada e não pode treinar até ter os resultados, o que deve acontecer somente no dia 16. O qualificatório começa no dia 19, então é um pouco rápido para se adaptar às condições e superar o vôo. E ainda tem esse período em que você não pode fazer nada… Então, estou considerando chegar mais cedo em Nova York e treinar numa quadra privada alguns dias antes de entrar e ser testado”, explicou Murray.
Baixa de peso
Se a notícia de Andy Murray é positiva, a de Nick Kyrgios, nem tanto. O australiano anunciou que não participará do US Open, criticando novamente os colegas por suas decisões de ignorar os conselhos de saúde durante a pandemia de coronavírus.
“Não jogarei este ano o US Open. Doi muito não estar lá competindo em uma das maiores arenas do esporte, mas estou defendendo as pessoas, os australianos, as centenas e milhares de americanos que perderam a vida, todos vocês”, disse em suas redes sociais.
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Atual número 40 do mundo, Kyrgios aproveitou ainda para alfinetar outros tenistas, com os quais ele tem “brigado” nos últimos dois meses, após o torneio de exibição organizado por Novak Djokovic na Europa.
“Tenistas, vocês precisam agir pelo interesse um do outro e trabalhar juntos. Vamos respirar aqui e lembrar o que é importante, que é saúde e segurança como comunidade. Podemos reconstruir nosso esporte e a economia, mas nunca podemos recuperar vidas perdidas “, concluiu Kyrgios.