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Bia Haddad quer volta por cima e sonha com título de Grand Slam

Tenista está há mais de um mês treinando em Santa Catarina e destacou a importância de vários bons nomes nacionais estarem juntos

Beatriz Haddad Maia ITF de Ilkley
Bia Maia segue treinando em Itajaí e tenta controlar a ansiedade para voltar às competições (Divulgação)

Depois de encerrada a suspensão por doping, Beatriz Haddad Maia retomou os treinos em Itajaí, em Santa Catarina. Em uma parceria da CBT (Confederação Brasileira de Tênis) com a ADK Tennis, alguns tenistas do país seguem treinando juntos se preparando para a retomada das competições.

Bia Maia vem alternando seus dois períodos de treinamento com Carol Alves Meligeni, medalha de bronze nas duplas, nos Jogos Pan-Americanos de Lima de 2019 e a carioca Ingrid Martins, que conquistou dois títulos no começo do ano antes da pandemia. As três estão entre as dez melhores do Brasil.

“Está sendo muito bom. Pudemoss unir a maior parte das jogadoras que estão precisando treinar e a CBT conseguiu fazer essa coisa que sempre quisemos de ter os atletas do mesmo lugar. Eu sempre quis ir para fora (do Brasil) justo por isso, para ter um ambiente competitivo. Sempre ia para os Estados Unidos por conta disso. Agora tenho o privilégio de estar aqui com todo mundo, está sendo muito positivo”, disse a jogadora, que segue em contato com seu treinador principal, o argentino Germán Gaich.

Beatriz Haddad Maia é o grande nome do tênis feminino nos últimos anos nas disputas de simples (Foto: Tennis Australia/Divulgação)

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Retomada do circuito

O circuito feminino está previsto para retornar em 3 de agosto na Europa e nos Estados Unidos. Por conta do doping e da pandemia do coronavírus, ela está há 13 meses sem atuar. Com isso, Bia caiu para o 286º lugar do ranking.

“Não tenho data clara de retorno por conta da volta do circuito. Mas ainda enquanto as fronteiras ficarem fechadas, fica tudo bem complicado, bem difícil para os esses torneios, difícil se organizar. Por enquanto vou ficar por aqui em Itajaí, não é o momento de viajar, ficar aqui é um lugar onde todos têm o mesmo objetivo, esperando a mesma coisa, mesmo foco, por enquanto vou ficar aqui”.

Mesmo sem o calendário claro nas próximas semanas, a jogadora espera ainda competir esse ano: “Espero que sim (risos). Um ano e um mês que não compito, realmente foi muito difícil pra mim os últimos meses, principalmente antes da pandemia e depois que senti que muita gente estava na mesma foi um pouco mais confortante, mas é muito triste ver tanta gente morrendo, é uma situação que não queria estar vivendo , realmente bem complicado”.

Objetivos

A jogadora viu sua parada de mais de um ano como um novo recomeço. Ela já passou por três cirurgias. E após sua campanha em Wimbledon em 2019 quando derrotou espanhola Garbiñe Muguruza, ex-número 1 do mundo e que tem título não só em Londres, mas em Roland Garros, se tornou ainda mais confiante para atingir dois sonhos.

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“Meu sonho é ganhar um Grand Slam, acredito que posso estar entre as 20 melhores do mundo. A partir dali o funil é bem mais apertadinho tem os ajustes. Foi sempre meu sonho desde cedo. Independentemente das minhas três cirurgias, ser suspensa etc, é um casco a mais que vou levar na minha vida para cada ponto e cada game. Isso que me motiva a estar lá”, comentou Beatriz Haddad Maia.

Brasileira sonha em ganhar um Grand Slam e se vê dentro do top 20 (Divulgação)

Caso não possa competir fora nos próximos meses, a paulista aguarda por grandes torneios no Brasil. A CBT vem acertando um circuito nacional que deve ter quatro etapas de R$ 80 mil e uma de R$ 150 mil.

“Achei muito legal a iniciativa do presidente Rafael Westrupp e da CBT querendo que a gente possa competir por aqui, com uma premiação muito importante pra gente agora que estamos sem patrocínio. Isso é muito importante para mantermos a competitividade. Mas é até incerto, pois fica à mercê das entidades (ATP, ITF e WTA) e governo das cidades pois abrem e fecham neste momento. Vamos ver o que vai rolar dos torneios”.

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