Atual número 2 do ranking mundial, o tenista Rafael Nadal não se omitiu ao comentar polêmica envolvendo o rival Novak Djokovic por conta da pandemia de coronavírus. Em entrevista concedida ao jornal espanhol La Voz, o espanhol afirmou acreditar que o sérvio provavelmente deverá ter de tomar vacina caso deseje estar em quadra o mais rápido possível.
“Cada um é livre, eu não sou ninguém para exigir nada a ninguém, mas se você participa de um circuito, talvez você tenha que se sujeitar a regras impostas por ele. Se ATP ou a ITF exigirem a vacinação para proteger todos, Djokovic terá que ser vacinado se quiser continuar jogando tênis no mais alto nível”, declarou o espanhol.
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A declaração de Rafael Nadal é uma resposta à fala de Djokovic em que o atual número um do planeta revelou ser contrário às vacinas e admitiu que gostaria de não ser obrigado a tomar uma, quando esta for desenvolvida para conter os estragos causados pelo coronavírus.
“Cada um terá que cumprir as regras. Se ATP ou ITF nos forçar a tomar uma vacina para jogar tênis, teremos que tomá-la. Da mesma forma que temos restrições em relação a muitos medicamentos, que não podemos tomar para evitar problemas óbvios no controle de doping”, complementou Nadal.
Após a polêmica causada pela sua primeira declaração, Novak Djokovic expressou-se dizendo que o atual momento do planeta é confuso e admitiu que poderia tomar a vacina apesar de preferir que esta escolha não fosse algo obrigatório.
“Não sou especialista, mas quero ter a opção de escolher o que é melhor para o meu corpo. Mantenho a mente aberta e continuarei pesquisando sobre esse tópico porque é importante e afetará todos nós. Para ser sincero, assim como o resto do mundo, estou um pouco confuso. Apesar de ter acesso a informações e recursos, tenho dúvidas sobre o que poderia ser a melhor coisa a fazer”, declarou Djoko.
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Atualmente há mais de 100 vacinas contra o coronavírus em desenvolvimento em todo o planeta. A expectativa é de ao menos 20 dessas sejam testadas em humanos. Ao todo, até o dia 8 de maio, o mundo contabilizava quase 4 milhões de casos de Covid-19 e cerca 271 mil mortos.