Há alguns dias, um dos maiores tenistas de todos os tempos, Roger Federer, fez um importante apelo pela igualdade de gêneros no tênis, defendendo a junção da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) com a Associação de Tênis Feminino (WTA). E o suíço ganhou um apoio importante. Diretor executivo da WTA, Steve Simon disse ser a favor da unificação.
“Não tenho medo de uma fusão completa. Nunca tive. Eu certamente seria o primeiro a apoiá-la… Obviamente, é um caminho longo e sinuoso para chegar lá, mas acho que faz todo o sentido do mundo”, destacou Simon em entrevista ao jornal americano The New York Times.
Apesar de considerar que unificação demandaria bastante trabalho, o diretor da WTA pontuou que a atual crise global devido à pandemia de coronavírus pode ser o contexto apropriado para dar início a esse processo. “Este é um momento único. Crises e desafios também podem às vezes oferecer oportunidades. Se você concorda com o objetivo, geralmente pode fazer as coisas mais rapidamente “.
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“Não se trata de tentar salvar a WTA. Nós ficaremos bem, mas se fizermos a coisa certa nos negócios e finalmente unirmos o esporte, acho que a WTA apoiaria muito esse conceito”, completou.
À época do post de Roger Federer, vários tenistas endossaram o discurso, apoiando a unificação da ATP e da WTA, como Rafael Nadal, Simona Halep, Garbiñe Muguruza e Billie Jean King.
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A profissionalização do tênis começou em 1968 e a ATP foi fundada quatro anos depois, regulando o tênis masculino desde então. A WTA foi fundada em 1973, unindo o tênis profissional feminino em apenas um circuito. Nunca houve, no entanto, um circuito unificado de tênis na história.
Tanto ATP quanto WTA suspenderam suas temporadas desde março e têm retorno previsto para julho.