Lenda do tênis argentino e ex-número 2 do mundo, Guillermo Vilas vive um drama pessoal. De acordo com o diário Olé, da Argentina, o ex-atleta, de 67 anos, sofre de alzheimer e está isolado pela família em sua casa de Monte Carlo, um distrito do Principado do Mônaco, por conta da doença.
O jornal ainda lembrou duas ocasiões que Guillermo Vilas já dava indícios do alzheimer. Uma entrevista de 2015, quando o ex-tenista não conseguiu lembrar o nome de uma de suas três filhas. Além de um jogo beneficente que ele não reconheceu a um ex-companheiro de Copa Davis e demonstrou dificuldades para se lembrar da qual lado deveria sacar.
Desenvolto com as câmeras enquanto atleta, Guillermo Vilas está recluso em Monte Carlo por decisão da família. Longe dos holofotes da mídia argentina, ele mantém uma rotina perto de amigos, antigos rivais e parceiros de circuito, como mostra nas redes sociais. Segundo o diário Olé, o alzheimer se manifestou de forma mais clara recentemente.
Dono de 62 títulos de ATP e vencedor de quatro Grand Slams, Guillermo Vilas é considerado o maior tenista da história da argentina e chegou a ocupar a segunda posição do ranking mundial. Ele é integrante do Hall da Fama Internacional da modalidade e detém o recorde de mais vitórias em um único ano: 145, em 1977.
Apoio de Maradona
A publicação da matéria gerou uma série de debates na Argentina em relação à necessidade de exposição do estado de Guillermo Vilas. Ídolo do futebol, Diego Armando Maradona se sensibilizou e prestou uma homenagem nas redes sociais.
“Caro Willy, devemos muitas alegrias e emoções a você. Espero que você sempre receba o respeito e a dignidade que todos merecemos, nos bons e maus momentos. Espero que neste momento possamos estar à sua altura. Um abraço enorme, lenda”, disse.
Tito Vázquez, antigo parceiro de Guillermo Vilas nos jogos de duplas, falou sobre o estado do ex-companheiro de quadra.
“Fisicamente, não é perceptível, mas ele está muito deteriorado. Sua saúde mental está cada vez pior. Ele tem alguns instantes de lucidez, mas não mostra plena consciência do que está acontecendo ao seu redor, chegou a não reconhecer amigos. Há momentos em que não consegue acompanhar a conversa”, contou.