O tenista britânico Andy Murray, ex-número 1 do mundo, acredita que o prêmio em dinheiro dos torneios Grand Slam poderia ser melhor distribuído para ajudar tenistas de ranking mais baixo que passam por dificuldades financeiras em meio à pandemia de coronavírus.
A temporada de tênis foi suspensa em março por causa da pandemia do coronavírus. Como a paralisação continuará pelo menos até o mês de julho, os jogadores de ranking inferior, que dependem apenas dos ganhos dos torneios, ficam impedidos de obter rendimentos.
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“Para os atletas que estão entre 250 e 300 do mundo, será realmente um desafio”, disse Andy Murray em entrevista à CNN.
Assistência financeira
Em meio às incertezas sobre o futuro do tênis, a Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), a Associação de Tênis Feminino (WTA) e as principais entidades da modalidade anunciaram a criação de um plano de assistência financeira aos jogadores que estão sendo afetados pela suspensão do circuito. Os valores do fundo financeiro, no entanto, ainda não foram divulgados oficialmente.
“Nos últimos anos, houve algumas melhorias… mas provavelmente não o suficiente. Você vê o prêmio em dinheiro conferido ao vencedor dos Grand Slams. E é, eu não sei exatamente quanto, mas algo em torno de 4 milhões de dólares,” acrescentou Murray.
O britânico defende que o dinheiro dos Grand Slam poderia ser melhor usado e gasto em outros lugares nas rodadas anteriores ou nas etapas de qualificação ou talvez usado para aumentar alguns dos eventos menores.
Djoko, Federer e Nadal no mesmo barco
A ideia de Murray surgiu após o pedido do sérvio Novak Djokovic aos seus colegas de quadra mais bem ranqueados na ATP e na WTA para que contribuam com fundo destinado a atletas da modalidade.
Atual chefe do conselho de jogadores da ATP, Novak Djokovic já havia discutido a criação desta ação com grandes nomes da modalidade, como Roger Federer e Rafael Nadal.
