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Como coronavírus adiou volta às quadras de Rogerinho

Rogerinho conta porque está longe das quadras desde o ano passado e como a pandemia afetou a volta ao tênis

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Rogerinho tem 36 anos e já foi número 63 do mundo (Foto: Divulgação/Rio Open)

Você já deve ter se perguntado por onde anda o ex-número 1 do tênis brasileiro, Rogério Dutra Silva, o Rogerinho. Pois bem. Sem competir desde setembro de 2019, o paulista de 36 anos se preparava para enfim voltar às quadras após um momento conturbado em sua vida no ano passado. Mas um tal de coronavírus mudou seus planos.

“Eu já estava treinando agora para poder voltar. Estava nos Estados Unidos, uma semana e mais treinando em Los Angeles e de lá ia para Indian Wells para continuar os treinamentos. E algumas semanas depois eu já ia voltar às competições. Mas infelizmente aconteceu e ainda está acontecendo essa situação do coronavírus e acabou adiando essa minha volta”, explicou em entrevista exclusiva ao Olimpíada Todo Dia.

A volta aconteceria depois de um final de ano conturbado na vida de Rogerinho. Ele se afastou das quadras depois de uma montanha-russa de acontecimentos, que o impossibilitaram de competir. Entre eles, um adversário duríssimo: um câncer na família.

Parada estratégica

O ano passado foi bem complicado para mim. Tive uma luta fora da quadra, um familiar lutando contra um câncer, e infelizmente perdemos essa batalha. Foi muito duro para mim e para minha família. E depois disso eu ainda tive uma pequena lesão, nasceu meu filho… Então aconteceu bastante coisa ao mesmo tempo e por isso resolvi tirar um tempo para mim para poder voltar esse ano melhor e mais forte”, contou. 

Nesse meio tempo, Rogerinho não pôde treinar, ficando afastado quase que totalmente – pelo menos fisicamente – do tênis. Por outro lado, ele teve a oportunidade de curtir a sua família, a qual ele sempre fez questão de ressaltar. A família, inclusive, que segue unida também durante a pandemia de coronavírus.

“A família é muito importante em um momento como esse. Quanto mais junto melhor. É bom estar em casa também, estou sempre viajando, sempre fora. Mas é um momento de todo mundo se unir e fazer a nossa parte, ficar em casa”.

Olimpíadas, futuro e novo Guga

Ex-número 63 do mundo, Rogerinho acabou perdendo posições no ranking e hoje ocupa o posto de número 424. Com o adiamento das Olimpíadas devido ao coronavírus, o paulista ganhou mais um tempo para tentar conquistar o objetivo de ir a Tóquio. No entanto, ele vê essa possibilidade como algo muito difícil. 

“Sempre vai ser um objetivo participar das Olimpíadas. Agora vai ter mais tempo, mas acho difícil por todo esse tempo que tive parado e agora que não dá para treinar tanto… mas é sempre um objetivo e se eu conseguir, vou ficar muito feliz”, pontuou.

Quanto ao cenário do tênis brasileiro atualmente, Rogerinho vê com bons olhos a nova geração, encabeçada pelo paranaense, Thiago Wild, que, inclusive, foi infectado pelo coronavírus. Apesar disso, ele prega por paciência. 

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“Temos o Bruno Soares e o Marcelo Melo que dispensam comentários, o Thiago Monteiro que está no top 100 há algum tempo, se consolidando… Fora os mais novos que estão crescendo, o Thiago Wild, que tinha acabado de ganhar seu primeiro ATP. Mas tem que ter paciência. Às vezes a gente quer um novo Guga rápido, mas nem outros países que investem milhões conseguem ter. Então vai precisar de mais paciência. Mas eu vejo um cenário bom, que pode ser melhorado com certeza, mas a molecada está vindo bem”, opinou.

E o futuro? Bom, o futuro pode estar relacionado exatamente com essa molecada. Rogerinho conta que gostaria de continuar trabalhando com tênis para poder passar toda a sua experiência, acertos e erros, aos mais jovens. E quem sabe, assim, conquistar seu maior sonho: “Ver um brasileiro no topo do mundo do tênis. Isso seria o mais bacana”. 

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