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Tênis

“Stefani e Haddad são pontos fora da curva”, diz Meligeni

Luisa Stefani e Beatriz Haddad Maia
Pontos fora da curva, Stefani e Haddad representam o país na elite do tênis (Montagem)

O momento do Brasil no tênis feminino não é bom. A melhor colocada no Ranking Mundial de simples atualmente é Gabriela Cé, que ocupa a posição 231, e a situação a médio e longo prazo preocupa. Para Fernando Meligeni, tirando dois “pontos fora da curva”, ele não sabe o que esperar.

“Bia Haddad e Luisa Stefani são pontos fora da curva hoje. Cada uma ao seu modo, do seu jeito, conseguiu e consegue mostrar que pode sim jogar e se manter entre as melhores. As demais, seja quem for, com a idade que for, eu não sei o que esperar. Hoje, tirando as duas, o Brasil não tem tênis feminino a nível mundial”, comentou o ex-tenista.

Perto de voltar da suspensão por conta do doping, Beatriz Haddad Maia não está bem no ranking mundial de tênis. Impossibilitada de atuar, a brasileira despencou e agora é a número 285 do mundo. Aos 23 anos, a atleta, que chegou a ser a 58ª do planeta, tem dois caminhos para seguir, segundo Fininho.

“Ao meu ver, depois de passar por isso que ela superou agora e que é muito pesado, existem dois caminhos. Ou ela explode, joga tudo que pode, que todo mundo que conhece ela sabe que ela consegue. Ou ela afunda e não coloca na quadra o tênis dela. Depende somente do que ela quer. Eu sei que ela deve ter treinado, pensado em várias coisas, mas agora voltou a depender do que ela vai fazer dentro de quadra”.

Já Luisa Stefani escolheu um caminho diferente dentro do tênis. Assim como Bruno Soares e Marcelo Melo no masculino, a brasileira praticamente abriu mão das disputas de simples, focou nas disputas de duplas e hoje é a número 46 do mundo.

Em 2019, jogando ao lado de Carolina Meligeni, Luisa conquistou a medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Lima. Depois da conquista, o jogo e a carreira da tenista explodiu. Ao lado da americana Hayley Carter, Stefani engatou bons jogos em seguida e conquistou seu primeiro título em um WTA, em Tashkent, no Uzbequistão.

Já em 2020, a conexão Brasil – Estados Unidos seguiu bem, com a dupla parando nas oitavas de final do Australian Open, o primeiro Grand Slam da carreira de Stafani. Com os resultados obtidos nos torneios de duplas, Luisa escalou o ranking mundial subindo 29, na atual temporada, posições até o momento.

Para Meligeni, a mudança de patamar de Luisa Stefani é fruto de uma decisão. “Ela escolheu o caminho de priorizar as duplas, que não é fácil. Sempre jogou muito bem duplas, soube ir por esse caminho, elevou o nível do tênis dela, se colocou entre as melhores e com toda a certeza vai subir mais”.

A realidade é outra

Contudo, a realidade brasileira mostra que Beatriz Haddad e Luisa Stefani não é o comum no país. Dentre os nomes mais conhecidos e melhores colocados no ranking mundial estão Teliana Pereira, que em um momento chegou a ser a 43ª do planeta e hoje é a 367ª, Gabriela Cé, 231ª do mundo, Thaisa Pedretti, 384ª, e Carolina Meligeni, 407ª.

Para Fininho a situação preocupa e não se tem um resposta. “Eu sinceramente não sei o que fazer. O que elas fazem hoje não dá certo. Estão abaixo perante o mundo e eu falo isso para todas, independente de quem seja. Hoje o que elas jogam não está sendo suficiente. O que elas vão fazer para mudar isso? Eu não sei. Penso muito por conta da minha sobrinha (Carolina Meligeni), porque conversamos sempre, mas é um problema que o Brasil tem”.

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