Durante anos, as pessoas que viam Bruno Soares jogando em quadra sempre torciam também pelo britânico Jamie Murray. Afinal, foi com essa formação que o brasileiro se tornou Nº 2 do mundo no ranking da ATP e conquistou os abertos da Austrália e dos Estados Unidos em 2016. Após tanto sucesso, em 2019 veio a mudança. Depois de 3 anos e meio e de 10 títulos juntos, a parceira com Murray acabou. Agora, Bruno Soares faz dupla com o croata Mate Pavic. E já sente as diferenças.
“Embora sejam dois jogadores canhotos, o Jamie é um ótimo voleador e um jogador muito agressivo na rede. O Mate já é um cara diferente, joga muito firme no fundo da quadra, tem uma grande devolução. Ele também é um grande sacador, diferente do Jamie, que era um jogador com um saque mais colocado”, explicou Bruno. “Tem um tempo de adaptação, um tempo de conectar as coisas que eu gosto de fazer, com as coisas que o Mate gosta”.
Mesmo sendo ano de adaptações, os frutos já vieram. No começo de outubro, a nova dupla conquistou o título do Masters 1000 de Xangai. Além de terem ficado com o vice-campeonato do Atp 250 de Estocolmo, também em outubro.
“Acho que terminamos o ano muito bem. O título de Xangai veio de uma forma muito convincente, ganhamos cinco jogos, sem perder nenhum set. Foi muito importante para confirmar as expectativa que nós tínhamos. Acreditávamos muito no nosso potencial, mas sempre fica aquela dúvida, aquela pulga atrás da orelha de os resultados não aparecerem. Nós vínhamos jogando bem, mas não conseguíamos grandes resultados. Acho que esse título nos deu essa confiança que precisávamos. Agora é treinar firme e muita expectativa para o ano que vem.”, afirmou o tenista, ansioso.
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Preparação para 2020
No final de outubro, Bruno Soares e Mate Pavic encerraram a temporada com eliminação na estreia no Masters 1000 de Paris. Depois de um período de férias, agora a pré-temporada já está com tudo para que 2020 supere 2019.
“Começamos em Doha e Oakland, e depois Australian Open, na terceira semana do ano já tem Grand Slam. Acho que a projeção é brihar pelos grandes títulos, Masters 1000, Grand Slam, obviamente estar nos Finals, e brigar pelo número 1 do ranking. Acreditamos que podemos estar lá, então temos que correr atrás disso.”, projeta Bruno.
Além do título na China, o mineiro levantou outros dois troféus na temporada, sendo campeão nos ATP 250 de Sydney, ainda com Jamie Murray, e Stuttgart, com John Peers, antes da nova parceria com Pavic começar em junho.
Aos 37 anos, Bruno Soares já é um tenista bastante experiente. Começou como sua carreira profissional em 2001 e já conquistou 32 títulos de nível ATP. Esta foi a 12ª temporada consecutiva de Soares conquistando ao menos um título por ano. Mesmo assim, nada de pensar em aposentadoria. Ainda vamos ter muito Bruno Soares em quadra.
“Por enquanto não, acho que a cada ano que passa eu chego mais perto dela”, ri. “Mas não estou pensando em aposentadoria ainda não. Eu ainda gosto muito de competir, gosto muito de viajar, sou super tranquilo e continuo super motivado. Então espero poder jogar mais uns bons anos.” , conclui o tenista multicampeão.