Brasil e Barbados se enfrentam nesta sexta-feira (13) e sábado (14) em Criciúma (SC), em confronto válido pelo Zonal Americano I da Copa Davis. O duelo, além de representar a chance de o Brasil voltar a brigar por um lugar no Grupo Mundial, também serve para o país investir nas futuras gerações da modalidade. Nesta edição, os jovens Felipe Meligeni Alves, de 21 anos, e Pedro Boscardin, de 16 anos, integram o grupo e participam dos treinamentos com os jogadores mais experientes.
A iniciativa faz parte do programa da Confederação Brasileira de Tênis (CBT) de desenvolvimento do alto rendimento da base e de transição. Assim como nas edições anteriores, atletas promissores são incluídos no grupo para vivenciarem de perto o ambiente de uma competição profissional por equipes e para que possam adquirir mais conhecimentos e se desenvolverem ainda mais no esporte. O time principal e que está apto para este confronto da Copa Davis é composto por Thiago Monteiro, João Menezes, Thiago Wild, Marcelo Melo e Bruno Soares.
“Esse é um fator muito benéfico tanto para os atletas que estão chegando, que são acolhidos neste ambiente, quanto para os mais experientes, que podem transmitir os seus conhecimentos para a nova geração. Esperamos que, no futuro, eles possam também estar ocupando os seus espaços como profissionais. O objetivo é que esses jovens sejam integrados e possam entender as rotinas, observarem como os profissionais lidam com a Davis. Isso é muito importante e estar aqui também é um reconhecimento pelo que eles estão fazendo ao longo do ano”, destaca Eduardo Frick, gerente de esportes e eventos da CBT.
O paulista Felipe Meligeni Alves treina em Barcelona com o apoio da CBT. Desde que adotou a cidade europeia como base de treinamentos, ele evoluiu no ranking, desenvolveu o seu jogo e passou a colher resultados ainda melhores. Neste ano, ele foi campeão de simples de três torneios M15 da ITF.
“Para mim, é muito importante estar aqui com este grupo. É a primeira vez que venho na Davis, então agradeço o apoio de todo mundo que me ajudou a estar aqui. Neste momento de transição, que é um momento difícil da carreira, é mais importante ainda, então vou dar o máximo porque são poucas oportunidades assim. Só tenho a agradecer também o apoio que a CBT dá para a gente, apoio financeiro e mental. Aprendi muito nesse período e estou aprendendo bastante, amadurecendo dentro e fora de quadra”, afirma o atleta.
O jovem catarinense Pedro Boscardin, que é de Joinville, tem a segunda oportunidade para integrar os treinamentos duante a Copa Davis. Ele também treinou com a equipe em Uberlândia, em fevereiro, para o confronto contra a Bélgica. “Sempre é uma ocasião especial, uma semana especial no ano. Acho que o fator mais importante de estar aqui é poder observar como os atletas são fora de quadra, o que fazem, o que é preciso fazer para chegar nesse nível deles também, tudo nos mínimos detalhes”, explica o jogador.
Para se adaptarem ao grupo e ajudarem nos treinamentos, as promessas do tênis brasileiro contam com o suporte da comissão técnica. Auxiliar técnico de Jaime Oncins, Marcos Daniel viveu a mesma experiência de um dia ter sido “garoto” no grupo de veteranos, e sabe bem da importância deste momento.
“É muito bom fazer parte do grupo da Copa Davis. Quanto mais próximo se está dos profissionais é melhor, e hoje em dia os atletas estão muito mais próximos do que na minha época. Eles nos ajudam bastante nos treinamentos, e também aprendem bastante com essa experiência dos outros atletas, e isso vai ser o diferencial para a carreira deles”, frisa o auxiliar.
Nesta segunda-feira, o Brasil treinou nos períodos da manhã e da tarde na Sociedade Recreativa Mampituba, assim como a equipe de Barbados. Na terça-feira, os treinamentos estão previstos para os mesmos períodos.