Chegamos ao penúltimo dia do tênis de mesa em cadeira de rodas pelos Jogos Pan-Americanos de Lima. E a quinta-feira (29) foi de derrotas para o Brasil, que perdeu o bronze nos dois naipes das duplas e ficou sem nenhuma medalha.
Gustavo Carneiro e Daniel Rodrigues foram os primeiros a entrarem em quadra no Cub Lawn Tenis, na capital peruana. E apesar do duplo 6/3 para os chilenos Alexander Cataldo e Diego Pérez, as duas duplas tiveram seus momentos e muitas chances dentro da partida. De forma bem resumida, a dupla do Chile jogou na defensiva, se aproveitou da afobação brasileira e soube ser agressivo na medida certa.
Para se ter ideia, no primeiro set, cada país teve cinco chances de quebra. Mas enquanto os chilenos conseguiram três, Gustavo Carneiro e Daniel Rodrigues somaram apenas duas quebras.
E olha que Cataldo e Pérez até cometeram mais erros não forçados, 17 a 15, mas também arriscaram muito mais, principalmente quando estavam atrás no placar e para salvar break-points.
A história meio que se repetiu na segunda parcial. Gustavo Carneiro e Daniel Rodrigues foram muito pressionados no segundo serviço, cometeram mais erros não forçados – 20 a 14, e tiveram mais chances de quebras, mas voltaram a falhar na hora certa. A dupla brasileira teve sete chances para quebrar os adversário e só converteu três.
Já os chilenos conseguiram cinco quebras em seis oportunidades. A frustração dos brasileiros só aumentava e a confiança de Cataldo e Pérez se traduzia em pontos e mais pontos. Ao final, os chilenos conquistaram o bronze no tênis em cadeira de rodas masculino.
Depois foi a vez de Meirycoll Duval e Rejane Candida disputaram o bronze feminino, mas foi a Argentina que comemorou. Contudo, o primeiro set foi uma grande tragédia. As brasileiras não viram a cor da bola. Nicole Dhers e Maria Moreno dominaram todas as ações e aplicaram um pneu nas brasileiras: 6/0.
Meirycoll Duval e Rejane Candida mudaram de estratégia para o 2º set. A dupla brasileira do tênis em cadeira de rodas elevou a altura dos golpes, forçou o erro das adversárias e liderou quase toda a parcial.
Só que na hora de fechar o set e forçar o tie-break, Meirycoll e Rejane sentiram o peso, erraram bola fáceis e deixaram as argentinas entrarem de novo na partida. Dos sete erros não forçados na segunda parcial, três aconteceram nos dois últimos games. As argentinas eram favoritas, mas um terceiro set poderia bagunçar as coisas.
