O marroquino Karim Alami foi o maior nome do tênis de seu país e rivalizou com Gustavo Kuerten por anos nos circuitos da ATP, inclusive em Roland Garros, no ano de 2001. Sua relação com o Brasil é maior do que a amizade e os quatro jogos contra Guga na carreira. O ex-tenista fala português, é casado com a brasileira Natalie há 27 anos, e tem filhos nascidos aqui. Aos 45 anos, o diretor do Qatar ExxonMobil – primeiro grande evento da temporada – lamenta que o Brasil não tenha aproveitado a ‘onda Guga’.
“É importante ter torneios, quando eu comecei a jogar tinha todos os tipos de campeonatos no Brasil, e isso ajudou a ter jogadores bons como o Guga e Meligeni”, destacou Alami. “Sabemos que esse é um esporte que precisa de investimento e a federação tem que ter um papel importante quanto a isso. Criar escolas, ter treinadores de nível, torneios juvenis…Os clubes também tem um dever importante. Só um torneio não é suficiente”.
Karim Alami atribui o sucesso do campeonato Qatar ExxonMobil Open a uma junção de experiências e boa organização. Um exemplo para o Brasil. A 27ª edição do torneio, que vai até dia 5 de janeiro, é realizado no Khalifa International Tennis and Squash Complex, e reúne grandes nomes do tênis mundial, inclusive o número 1 do mundo Novak Djokovic, mesmo sendo um ATP 250.
“O sucesso se deve Federação de Tênis do Qatar. Eu tive a sorte de ser jogador e disputar os melhores e piores torneios do mundo. Sei do que o jogador precisa”, adicionou o marroquino. “Todos os detalhes fazem a diferença. Assim como para o público, a intenção é o evento não ser apenas para assistir tênis, mas sim, um evento que traga novas experiências para pessoas de todas as idades”.
O único brasileiro na competição, o mineiro Bruno Soares foi eliminado logo na estreia de duplas ao lado do britânico Jamie e Murray para húngaro Marton Fucsovics e o argentino Guido Pella por 6/3 e 6/.