O lutador Gabriel Campolina dos Santos, atleta da seleção brasileira de taekwondo, sofreu uma agressão em frente a uma estação da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), localizada na cidade de São Caetano do Sul-SP. A informação foi divulgada pelo jornalista Demétrio Vecchioli, na coluna Olhar Olímpico, do UOL.
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Gabriel, que estava sentado na escada da estação ao lado de uma amiga (Sabrina Soares dos Reis Santos), levou um chute por trás de Matheus Cerqueira Santana. O motivo para a agressão foi pelo lutador, que é um homem negro, estar abraçado com uma mulher branca. Ele reagiu ao chute acertando uma joelhada no agressor, que também foi linchado por outras pessoas que ouviram suas falas de cunho racistas. Guardas municipais presentes no local contiveram a situação.
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Segundo apurado pela coluna, Matheus foi levado à delegacia e alegou que agrediu Gabriel Santos por estar “estressado”. Ele foi preso em flagrante, em São Caetano do Sul, por injúria racial e lesão corporal. Em comunicado oficial divulgado nas redes sociais, a Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD) manifestou seu repúdio diante do ocorrido e reforçou o apoio ao lutador de 23 anos.
Confira a manifestação da Confederação Brasileira de Taekwondo
“Nós, Confederação Brasileira de Taekwondo, vimos por meio desta expressar nosso veemente repúdio e indignação diante da ofensa racista dirigida ao atleta Gabriel Campolina dos Santos. É inadmissível que em pleno século XXI, em uma sociedade que preza pela igualdade e respeito mútuo, ainda nos deparemos com atos tão repugnantes de discriminação racial.
A discriminação racial não só fere a dignidade humana, mas também vai contra os valores de justiça e igualdade que buscamos promover em nossa comunidade. Repudiamos veementemente qualquer forma de preconceito, seja ele racial, étnico, religioso ou de qualquer outra natureza.
Expressamos nossa solidariedade ao atleta Gabriel Campolina dos Santos e reiteramos nosso compromisso em combater ativamente o racismo e todas as formas de discriminação. É dever de todos nós lutar por uma sociedade mais justa e inclusiva, onde todos possam viver livremente, sem medo de serem alvo de ódio e intolerância. Devemos agir firmemente para garantir que casos como este não se repitam, e que os culpados sejam responsabilizados conforme a lei.
Encorajamos também a reflexão e o diálogo dentro de nossa comunidade, promovendo o respeito à diversidade e o entendimento mútuo como ferramentas essenciais na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Reiteramos nosso apoio a Gabriel Campolina dos Santos e a todas as vítimas de discriminação racial, e nos comprometemos a continuar lutando por um mundo onde o respeito e a dignidade de cada indivíduo sejam verdadeiramente valorizados”.