Stephanie Balduccini foi o grande nome do Brasil no segundo dia oficial de disputas dos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023, neste domingo (22). Última atleta a entrar em ação na piscina no revezamento 4x100m livre misto, Teté, como é conhecida, fez o melhor desempenho de sua vida e anotou uma parcial de 53s43, e ajudou a equipe brasileira a conquistar uma inédita medalha de ouro. Foi o único pódio dourado do país no dia no Pan.
- João Fonseca no Next Gen ATP Finals: horário e onde assistir
- Kamilla Cardoso faz duplo-duplo, mas Shanghai perde
- Brasil terá quatro eventos do Circuito Mundial de em 2025
- Isa Abreu abdica de competições para montar pista de obstáculos
- Praia vence confronto chave e encaminha classificação
Além de Teté, Marcelo Chierighini, Ana Vieira e Guilherme Caribé integraram o revezamento brasileiro. Os homens abriram a disputa e Ana foi a terceira a nadar. Ela entregou para Stephanie em segundo lugar, com 0s47 atrás dos Estados Unidos. Coube, então, à atleta do Pinheiros fechar a disputa de uma prova emocionante. Teté virou a parcial dos 50m ainda com 0s48 atrás dos EUA, mas fez uma reta final de prova perfeita e bateu em primeiro lugar. O Canadá levou o bronze.
“A adversária passou muito forte, mas a ideia sempre é não desistir. Eu fui aprendendo aos poucos que, se você estiver no meio da prova, não quer dizer que você vai perder. Muita coisa ainda pode acontecer. E essa foi a prova viva disso. Quem bater na frente, ganha. Mesmo eu estando atrás em um momento, não quer dizer que eu ia perder, ainda tinha muito para acontecer”, comentou Teté após a prova.
Grande desempenho
Teté marcou 53s43 em sua parcial, o melhor tempo de sua vida nos 100m livre sendo lançada no revezamento. A nadadora de 19 anos tem como melhor resultado de sua vida nos 100m livre um 54s10, anotado no Mundial de Esportes Aquáticos, em Budapeste, no ano passado. Considerando as provas de revezamento, em que nada “lançada”, a atleta só havia feito 53s alto.
Stephanie atribuiu o seu grande desempenho na prova às mudanças que fez nesta temporada. “Essa é minha primeira temporada nos Estados Unidos e estou muito feliz, apesar de ter vivido uma mudança drástica nesse ano. Troquei de clube, mudei de país, fiquei longe da minha família e do meu irmão gêmeo, que significam muito para mim. Está sendo muito difícil, mas me adaptei bem e rápido e estou muito feliz por lá”.
Apesar da pouca idade, Teté é uma das principais nadadoras brasileiras da atualidade. Ela acumula resultados expressivos em sua carreira e, inclusive, disputou os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, quando tinha apenas 17 anos. Ela foi a maior medalhista dos Jogos Pan-Americanos Júnior Cali-2021 e levou sete ouros nos Jogos Sul-Americanos Assunção-2022. Em Santiago, Teté já tem duas medalhas e ainda disputará outras cinco provas.
Ouro e recorde pan-americano
Além do ouro, a equipe brasileira bateu o recorde pan-americano do revezamento 4x100m livre misto, com a marca de 3min23s78. A marca anterior era de 3min24s84, feita pelos Estados Unidos, em Lima-2019. Vale destacar, no entanto, que a prova entrou no programa dos Jogos Pan-Americanos justamente na última edição do evento, na capital peruana. Portanto, o ouro também foi de caráter inédito para o Brasil.
“Foi uma prova excelente. Estados Unidos e Canadá são equipes muito fortes. Não só ganhamos, como também batemos o recorde do campeonato então tem um gostinho especial. Todo mundo aqui fez um excelente trabalho, o Gui, a Ana, a Teté. Então, temos muito orgulho de ganhar mais uma medalha de ouro para o Brasil”, finalizou Marcelo Chierighini.