O taekwondo é uma das modalidades que mais tem dado resultados para o Brasil nas últimas edições dos Jogos Mundiais Universitários. O país conquistou medalhas em Gwangju-2015, Taipei-2017 e Nápoles-2019 e busca manter o retrospecto favorável em Chengdu-2021. A equipe brasileira realizou um processo de aclimatação antecipado na China visando a competição, que terá início na próxima sexta-feira (28). O taekwondo, no entanto, só estreia na segunda-feira (31).
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“É muito importante chegar cedo. É um país com uma cultura e um fuso horário diferente. A gente precisa chegar antes para adaptar o sono e a alimentação e ainda temos um processo de perda de peso no taekwondo. Estou esperando a medalha de ouro. Luto no primeiro dia e quero estrear com a medalha de ouro para puxar todo mundo para cima”, destacou João Victor Diniz, atleta que compete na categoria até 68kg.
O Brasil terá 16 atletas no taekwondo em Chengdu-2021. Destes, três participaram do Mundial Adulto há quase três meses, em Baku, no Azerbaijão. Trata-se do próprio João Victor Diniz (68kg), além de Eduardo Baretta (63kg) e Lucas Ostapiv (80kg). Diniz e Ostapiv venceram uma luta e caíram na fase de 16 avos, enquanto Baretta perdeu ainda na estreia.
“É um grupo muito forte, já conhecia a galera antes acompanhando no circuito nacional e internacional. Tem atletas bem ranqueados e que já participaram dos Jogos Mundiais Universitários na Itália. Então, temos um grupo bem experiente, que está se juntando com a galera nova que está chegando. Queremos alcançar as medalhas de ouro que vão ser importantes para o taekwondo brasileiro”, destacou o treinador Edilson Dias, o Dilsin.
Retrospecto favorável
O Brasil vem de três conquistas consecutivas no taekwondo em Jogos Mundiais Universitários. Medalhista olímpico na Rio-2016, Maicon Andrade conquistou uma prata em Gwangju-2015 e um bronze em Taipei-2017, enquanto Bárbara Novaes foi bronze em Nápoles-2019. Assim sendo, Dilsin projeta que o país conseguirá seguir indo ao pódio do principal evento do esporte universitário do planeta, em Chengdu-2021.
“Nossa ideia é que nós consigamos superar esse número de medalhas das últimas edições. Esse é o nosso grande objetivo. Estamos com uma perspectiva boa e a galera está focada. Não temos estudos ainda dos adversários, porque não sabemos quem está vindo. Mas estamos na esperança de receber o mais breve possível para podermos fazer nossas análises e trabalhar melhor”, falou o treinador.
A experiência de João Victor Diniz
Para atingir a meta, o Brasil contará com a experiência de um dos principais atletas da delegação brasileira, João Victor Diniz, que é figurinha carimbada na seleção brasileira adulta de taekwondo. Ele, inclusive, já disputou dois Mundiais – além de Baku-2023, esteve em Manchester-2019. Além disso, foi atleta de apoio durante os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.
Com a seleção universitária, esteve presente na primeira edição do FISU América Games, em 2018, em que sagrou-se campeão. Esta é sua primeira participação nos Jogos Mundiais Universitários, por isso, ele destaca a grandiosidade do evento.
“É a melhor estrutura que eu já participei na minha vida. Não fomos ao ginásio de competição ainda, mas por tudo que estou vendo aqui, não tenho dúvidas de que lá também estará sensacional. Até conversei com outros atletas que já tinham ido para a Olimpíada e para cá antes e eles disseram que a Universíade é uma Olimpíada, mas que não tem pressão”, concluiu.
Lista dos atletas brasileiros no taekwondo em Chengdu-2021:
Júlia Nazário – 46kg
Nivea Maria – 49kg
Dafne Rodrigues – 53kg
Vitória Lima – 57kg
Giovanna Correa – 62kg
Gabriela Mello – 67kg
Júlia Herculano – 73kg
Larissa Cardoso – +73kg
Matheus Guillard – 54kg
Bruno Araújo – 58kg
Eduardo Baretta – 63kg
João Victor Diniz – 68kg
Thalles Moura – 74kg
Lucas Ostapiv – 80kg
Kazu Itioka – 87kg
Érick Vinicius – +80kg