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Taekwondo

Maria Clara Pacheco avalia campanha no Mundial de taekwondo

Medalhista no Mundial, Maria Clara Pacheco avalia desempenho na competição e projeta próximos eventos

Maria Clara Pacheco posa para foto com sua medalha do Mundial de taekwondo
(Foto: Camila Nakazato/OTD)

A brasileira Maria Clara Pacheco surpreendeu todas as expectativas em sua participação no Mundial de taekwondo, disputado no fim de maio, no Azerbaijão. Bronze no Mundial Cadete em 2017, ela conquistou uma nova medalha em 2023, mas dessa vez no Mundial adulto. Natural da Baixada Santista, em São Paulo, a atleta se mudou para São Caetano do Sul em 2021 em busca de melhores resultados. E conseguiu logo em sua primeira participação em uma competição de alto nível na categoria sênior. Ela competiu na categoria até 57kg e superou atletas melhores ranqueadas que ela no mundo.
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“Eu já tinha participado do Mundial na categoria cadete, então foi muito bom conseguir a vaga agora logo no meu primeiro ano na categoria adulta. Por ser bem nova, ninguém colocou muita pressão em mim, já que foi apenas o passo inicial”, disse a atleta que agora é a única brasileira a ter conquistado medalhas em Mundiais de taekwondo tanto no adulto, quanto nas categorias de base. “Foi muita emoção. Eu estava bem eufórica lá, cada luta que a gente passava era uma alegria”, completou.
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Com o resultado em Baku, Maria Clara Pacheco subiu tanto no ranking mundial como no olímpico. Ela figura agora na 16ª posição no Mundial e em 64º lugar no olímpico. Os seus objetivos agora são os Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, onde vai disputar o seu primeiro torneio adulto pelo Time Brasil. “No Mundial, eu consegui ganhar da canadense que é a terceira colocada do ranking mundial e estamos indo para o ouro”, afirmou.

Mudança na modalidade

Maria Clara disputou a segunda edição de Campeonato Mundial no novo sistema de pontuação do taekwondo. O que antes eram três rounds de pontos acumulados, agora ao fim de cada round, quem estiver liderando leva o round, semelhante ao sistema de sets no vôlei. Ao final de três rounds, quem tiver ganhado dois deles, vence a luta. Para a medalhista de bronze, a mudança deixou o combate mais dinâmico, mas confessou que preferia a avaliação antiga.

Maria Clara Pacheco, de vermelho, na disputa da semifinal do Mundia de Taekwondo em Baku
Maria Clara Pacheco, de vermelho, na disputa da semifinal no Mundial (Foto: Divulgação/World Taekwondo)

“Para mim, a mudança não foi tão boa. Antigamente, eu costumava abrir um placar alto e segurar a luta. Mas agora a luta está mais dinâmica porque a pessoa não tem como fazer esta estratégia. Então você vai para o segundo round e tem que repetir o desempenho do primeiro se quiser ganhar a luta, o que prejudicou o pessoal que pontuava muito no início e só segurava o resto”, comentou.

Corrida olímpica

Ela também falou sobre a classificação olímpica do taekwondo. Com vagas entregues para as primeiras cinco colocadas no ranking do mundo de cada categoria, o plano traçado por Clara é ser uma das duas escolhidas para disputar o Pré-Olimpico das Américas. A Confederação Brasileira poderá levar dois atletas de cada naipe para o torneio, dentre as oito categorias olímpicas. Ou seja, Clara deve ter resultados relevantes no cenário mundial para ser escolhida.

“Na 57kg, as melhores atletas são de China, Turquia, Grã-Bretanha, Coreia do Sul e Canadá. Mas este ano consegui entrar no top-20 e vamos torcer para subir mais um pouco”, afirmou a atleta que terá oportunidades para subir na classificação em eventos como os Jogos Pan-Americanos e o Grand Prix de Paris.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e viciado em esportes

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