O sábado em Brasília foi quente, não somente pela temperatura ambiente, mas muito também pela maratona de combates da segunda etapa da Copa do Brasil de Taekwondo. Foram mais de 190 lutas, entre as categorias infantil, junior e másters. O Ginásio do Minas Brasília Tênis Club também sediou a cerimônia de abertura da competição, realizada ainda no período da manhã. Para o domingo, última etapa do torneio, restou somente os confrontos da categoria adulto. Veja abaixo a galeria de medalhistas.
Durante a Cerimônia, o público e os convidados puderam assistir a duas apresentações especiais, além dos desfiles dos Estados. A primeira foi do grupo do Projeto Tae Down, de Brasília, da professora Katia Oliveira, que ensina arte do Taekwondo também para crianças com síndrome de down.
– Sou professora de educação e sempre pratiquei Taekwondo. Porém, sofri de um desgaste no fêmur e tive que colocar uma prótese, me tornei uma paratleta e hoje luto pela a inclusão no esporte. Nosso projeto têm apenas dois meses, mas tem grande impacto na vida das crianças. Ainda temos um grupo pequeno e não contamos com espaço fixo para trabalhar, por isso nos reunimos uma vez por semana. Hoje as crianças ficaram muito emocionadas por terem sido acolhidas pelo público e, com certeza, todos os presentes vão começar a abraçar esta causa – comentou Katia.
Na sequência, foi a vez do grupo do Mestre Flávio Rocha, de Minas Gerais, que encantou a todos com acrobacias e movimento exuberantes do Kiokpa.
– Com estas apresentações a gente espera incentivar mais as crianças, porque nem todos gostam de competir. Quando é assim, levamos para poomsae e o kiopa. A nossa academia tem tradição em kiopa e estamos sempre treinando movimentos diferentes. Não conseguimos trazer nossa equipe completa e contamos com a participação de outros jovens – analisou o Mestre Flávio.
Vindos de Carumirim, interior de Minas Gerais, Mestre Flávio e seu grupo de sete atletas, voltarão para casa recheados de conquistas. Isto porque, todos os competidores conquistaram medalhas em Brasília.
– Temos um projeto social que atende mais de 60 crianças carentes, na academia, e estamos, aos pouco trazendo eles para as competições nacionais e internacionais. Nossa maior conquista foi ter uma atleta titular da seleção brasileira, mas temos outros bons talentos no grupo e conquistamos quatro medalhas nacionais, neste ano – completou Flávio.
Não é só de faixas pretas que se constrói o Taekwondo. Ainda neste sábado, os atletas faixas coloridas competiram. Entre eles, Caio Henrique, do Espírito Santo, da academia do Mestre Pedro. Na sua estreia em competições, Caio Henrique conquistou a medalha de ouro, da categoria Cadete
– Essa foi minha primeira competição e achei muito legal! Gostei de tudo, de Brasília, da competição, do clube. Ganhei minha luta de dois a zero e não tenho explicações do que to sentindo – comentou Caio Henrique, ainda tímido e com somente 12 anos.
Entre os membros que compuseram a mesa da cerimônia inaugural, destacam-sem as duplas atletas olímpicas: Ricarda Lima, do vôlei, e Natália Falavigna, coordenadora técnica da Confederação de Taekwondo. Além delas, estavam presentes o vice presidente da CBTKD, Rivanaldo Freitas Ademar Lamoglia, Presidente da Federação de Brasília, Alberto Maciel Junior, Presidente da CBTKD, entre outras personalidades esportivas.