Dos 178 brasileiros já garantidos para os Jogos Olímpicos de Tóquio, um dos mais ansiosos para viajar ao Japão é o mineiro Ícaro Miguel. Além da vontade de competir e conquistar uma inédita medalha olímpica, o número um no ranking mundial na categoria até 87kg do taekwondo deseja estar em contato com duas coisas que admira muito na cultura japonesa: a forma como o japonês trata as pessoas e os animes.
“Sou apaixonado pela forma que o povo japonês é. O fato deles admirem o próximo e de quererem sempre ajudar o próximo é algo que eu realmente acho muito bonito,” disse Ícaro em uma live da CBTKd (Confederação Brasileira de Taekwondo).
Ícaro Miguel em sua primeira visita ao Japão: lutador é fã da cultura do país
Fã de Son Goku
Ícaro contou que depois do modo como o japonês trata o próximo, admira muito os animes (nome dado aos desenhos animados no Japão). Um deles, em especial, cativa o lutador desde os tempos de infância.
“Gosto muito de Dragon Ball Z. Naruto eu também vejo, mas é basicamente DBZ,” disse Ícaro Miguel, referindo-se ao anime mais popular do mundo segundo pesquisa feita pela empresa Oricon.
Lutador de artes marciais e dono de um chute poderoso como os de Ícaro Miguel, Goku poderia ser a maior inspiração do mineiro que representará o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio, mas não é. Há, entretanto, pontos do personagem – e do anime como um todo – que inspiram o atleta do taekwondo.
“Tem algumas coisas que se falam nos animes que relatam muito a nossa vida. Acho que a forma de ser uma pessoa melhor é trazida pelo japonês nos animes. Mas minha inspiração no taekwondo é a minha família e referências que eu tenho no esporte”, explicou Ícaro.
Adiamento de Tóquio
Por ser fã de carteirinha do Japão e pela possibilidade de realizar o sonho que tem desde os 10 anos de idade de participar de uma edição de Jogos Olímpicos, Ícaro Miguel disse que não via a hora de voltar ao país de Son Goku esse ano e fazer sua tradicional comemoração no lugar mais alto do pódio, mas que entendeu o adiamento para 2021 em virtude da pandemia do coronavírus.
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“Eu estava em cima do muro [em relação ao adiamento dos Jogos Olímpicos], mas quando fui vendo a situação do mundo, passei a concordar com o alteração das datas. Foi a melhor decisão, pensando na saúde pública e no rendimento dos atletas. Eu esto treinando em casa e não teria o mesmo rendimento nos Jogos, assim como os outros atletas,” explicou Ícaro.
Vagas do taekwondo em Tóquio
Após terminar os Jogos Pan-Americanos de Lima com sua melhor campanha, o taekwondo brasileiro que fazer história em Tóquio. Além de Ícaro Miguel, Edival Pontes, o Netinho, e Milena Titoneli, vão representar o Brasil na modalidade.
Na história das Olimpíadas, o taekwondo já garantiu dois bronzes ao Brasil, com Natália Falavigna, em Pequim-2008, e Maicon Siqueira, na Rio-2016.