“Juntos somos mais fortes”. Esse era o nome da chapa que tinha Alberto Maciel Júnior como candidato a presidente da CBTKD (Confederação Brasileira de Taekwondo). Após vencer a eleição e assumir o posto, Alberto foi encorajado a não seguir, por conta de todos os problemas que envolviam a entidade. Atualmente, pouco mais de três anos depois, o que foi conquistado pode se resumir em uma frase. ” Reconquistamos o respeito dos órgãos gestores do esporte”.
No começo de 2017, quando assumiu o cargo na CBTKD, Alberto Maciel Júnior tinha desafios pela frente. A entidade máxima do taekwondo no país possuía problemas financeiros e administrativos. Com isso, o suporte para tudo que se pensava em fazer acabava prejudicado.
Com o pensamento de reestruturação e reconstrução da confederação, Alberto Maciel Júnior buscou um norte para caminhar. A saída encontrada foi se reunir com o COB (Comitê Olímpico do Brasil), mas a orientação que recebeu não foi nada animadora.
“Na primeira conversa com o COB, a orientação foi fechar a CBTKD, por toda a situação que enfrentávamos. Saí de lá cabisbaixo e, depois de sentar e conversar com toda equipe, aceitamos o desafio para melhorar. Hoje, trabalhando de forma unida, o reconhecimento do COB já veio e precisamos seguir em busca de melhora”, comentou o dirigente, em uma live no instagram da entidade nesta quarta (20).
A união foi o caminho
Com o objetivo de reorganizar a CBTKD, Alberto Maciel começou, junto com toda sua equipe, a trabalhar. Apesar de viver dentro da modalidade e ter experiência como secretário de esportes do Amapá, o presidente entendeu que o melhor caminho para o sucesso de sua gestão era um.
“A principal característica é a união. Todos são unidos, independente quem seja. Treinadores, atletas, comunicação, equipe, direção. Escutamos todos para entender o que está acontecendo. Converso com todos e buscamos acatar o que é melhor para todos na CBTKD”.
Com todos os profissionais pensando de maneira parecida, o resultado passou a aparecer. No mundial de 2019, a equipe brasileira voltou da Grã-Bretanha com cinco medalhas. Ícaro Miguel e Caroline Gomes conquistaram a medalha de prata e Paulo Ricardo, Milena Titonelli e Maicon Andrade foram bronze.
(Crédito: Divulgação/CBTKD)
Para Alberto Maciel Júnior, o histórico resultado da equipe brasileira é fruto desse pensamento buscando o melhor para todos os atletas.
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“Foi algo realmente inédito. Uma surpresa fantástica. Os treinadores estavam todos confiantes de um bom resultado, mas foi um resultado inesperado e maravilhoso. A cada dia os atletas me surpreendem. A união de todos faz isso acontecer, temos as nossas falhas, mas no fim deu resultado. O trabalho da equipe técnica foi excelente, toda a equipe merece o reconhecimento”.
O maior de todos os desafios
Buscando ouvir a todos, Alberto Maciel Júnior não esconde que vai até onde os atletas, mais interessados e afetados pelas decisões da CBTKD, estão. “Falo com eles e busco entender o que passa com os atletas. Nas competições que estou presente eu vou pro meio da arquibancada, converso, busco saber o que eles precisam, querem. As vezes não é possível fazer tudo que eles pedem, mas ouvir é sim”.
Agindo desde modo o maior desafio da gestão apareceu. Em 2019 a CBTKD decidiu realizar um Supercampeonato Brasileiro da modalidade. A ideia era realizar, em um mesmo local, as disputas nacionais de todas as categorias, do infantil ao master.
“A realização da competição foi um grande desafio da nossa gestão, para todos. A ideia partiu tendo como referência o que acontecia nos países referência, como os Estados Unidos. O pensamento foi conseguir fazer o atleta de base ver o atleta do adulto que é a referência dele”.
Apesar da mudança, Alberto Maciel Júnior não esconde que sabe que sua gestão tem defeitos. “Nós erramos e sabemos ouvir quando isso acontece. Todos cobram e precisam cobrar. Nós precisamos dessa cobrança para buscar ser o mais transparente possível com todos e para que o taekwondo cresça”, finalizou o presidente da CBTKD.
