Em corrida pelo topo contra Filipinho, Medina busca o tetra na etapa da França. Assista ao vivo aqui no OTD de 3 a 14 de outubro!
Mundial de surfe 2018 na reta final! Faltam três eventos para conhecermos o campeão masculino da temporada. Da madrugada desta quarta-feira (3) até o dia 14 de outubro será a vez da França dar espaço para os melhores do planeta distribuírem tubos, aéreos, rasgadas e batidas. O palco do show será a praia de Culs Nus, que fica na região de Hossegor e já recebeu alguns eventos anos atrás. O líder do ranking, o brasileiro Filipe Toledo, tenta manter a lycra amarela, que simboliza a 1ª colocação, mas tem como grande desafio segurar o embalado Gabriel Medina, que vem de duas vitórias seguidas (em Teahupoo e no Surf Ranch) e já conquistou o título 3 vezes na França. Vai pegar fogo e a primeira chamada acontece às 2h30 desta quarta-feira.
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Gabriel Medina x Filipe Toledo
Medina (2º do ranking) e Toledo (1º) são amigos de infância, mas dentro da água a história é outra. Medina quer o bicampeonato mundial e vem fazendo sua melhor temporada desde 2014. Já Filipinho, que vinha muito oscilante, apesar da genialidade, nos últimos anos, encontrou a regularidade e inteligência em suas baterias. Na última etapa, no Surf Ranch, os dois formaram uma dobradinha brazuca no pódio, com Medina no topo.
Se Medina é um especialista na França, com três vitórias (2011, 2015 e 2017), Filipinho só chegou em uma semifinal por lá até hoje (em 2013). Porém, Toledo tem a seu favor uma vantagem de pouco mais de 4 mil pontos e só perde a liderança caso fique de 5º para baixo e Medina vença a etapa.
Se vencer, Medina se iguala a Mick Fanning
Gabriel Medina é chamado e aclamado por muitos como “Rei da França”. Apesar de não ser o surfista que mais venceu no país, seu retrospecto cativou o público local. Afinal, em 7 anos competindo por lá foram 5 finais e 3 títulos. Agora, ele pode igualar o australiano Mick Fanning e conquistar o tetra. Será que ele alcança esse feito?
Briga na “zona de rebaixamento”
Se na parte de cima da tabela estamos bem servidos, na parte de baixo vários brasileiros correm risco de caírem para o QS. É o caso de Ian Gouveia (31º), Jesse Mendes (28º), Tomas Hermes (23º) e Yago Dora (21º). Os quatro precisam de resultados consistentes, acima do 9º lugar, para se firmarem no top-22. A situação mais delicada é a de Ian, que mesmo demonstrando que tem um grande potencial, teve um início de ano péssimo. Em 2017, ele se salvou na última etapa com uma semifinal em Pipeline. Esse ano a situação está bem pior.
Já Jesse Mendes vem sofrendo uma espécie de perseguição dos juízes. Suas ondas estão sendo muito mal avaliadas e isso é um consenso da mídia internacional. O que aconteceu no round 3 do Taiti, contra o australiano Wade Carmichael, foi um absurdo, por parte dos jurados. Agora, Jesse paga por isso e pelos seus erros e precisa impressionar se quiser continuar na elite. Já Tomas Hermes, que começou o ano fazendo semifinal na Gold Coast, há tempos não empolga e precisa de um resultado expressivo para voltar ao grupo dos 22 primeiros. Yago Dora vem em uma crescente muito boa e não preocupa a torcida brasileira.
Confira uma análise da temporada de cada brasileiro em 2018:
Feminino
Pelo mundial de surfe feminino, a briga pelo título bipolarizou entre a australiana Stephanie Gilmore e a norte-americana Lakey Peterson. Como, para as mulheres, faltam apenas as etapas da França e do Havaí para o término da temporada, somente as duas tem chance de levantarem o caneco geral. E elas, realmente, estão bem acima das demais.
Stephanie Gilmore busca o seu tetracampeonato na França e o hepta mundial. Para que isso aconteça ainda nessa etapa, alguns cenários são possíveis.
Cenários para Stephanie ser campeã ainda na etapa da França:
- Se a Stephanie Gilmore vencer a etapa, ela é campeã mundial.
- Se a Stephanie Gilmore terminar na 2ª posição, a Lakey não pode vencer a etapa.
- Se a Stephanie Gilmore perder na semifinal, a Lakey não pode ser finalista.
- Se a Stephanie Gilmore ficar em 5º, a Lakey não pode chegar na semifinal.
- Se a Stephanie Gilmore ficar em 9º, a Lakey não pode chegar nas quartas.
Já para a brasileira Tatiana Weston-Webb, o que está em jogo é a sua melhor colocação em mundiais até aqui. Atualmente na terceira posição, ela pode superar o feito de 2015, quando terminou o ano como quarta do mundo. Em 2018, ela até chegou a ficar na briga pelo título, mas com quedas precoces no Vans US Open e no Surf Ranch nas últimas duas etapas, não conseguiu acompanhar o ritmo. Vale lembrar que a outra brasileira do CT, Silvana Lima, passou por operação no joelho e só volta a competir em 2019.