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Surfe

COB E CBSURF apoiarão surfe feminino rumo a Tóquio 2020

Tatiana Weston-Webb, Silvana Lima e Tainá Hinckel receberão suporte para treinamento e participação no Circuito Mundial de surfe

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) apoiará a participação da equipe feminina de surfe do Brasil na corrida pela classificação para os Jogos Olímpicos Tóquio 2020. O anúncio oficial do projeto de preparação dos atletas da modalidade foi feito nesta terça-feira, dia 8, na sede da entidade, com a participação da Confederação Brasileira de Surfe (CBSurf) e das três atletas que receberão o suporte por parte das entidades: Tatiana Weston-Webb, Silvana Lima e Tainá Hinckel.

O apoio se dará através de suporte para treinamento e participação no Circuito Mundial de 2018 e de 2019, cujo ranking define a participação de até duas atletas por país nos Jogos de Tóquio. A escolha das atletas beneficiadas foi realizada pela Confederação Brasileira de Surfe, de acordo com o Ranking do Circuito Mundial de 2018 e a participação no último Mundial Júnior.

Elas terão apoio em passagens aéreas, despesas de viagens e ajuda de custo. Além disso, o Centro de Treinamento Time Brasil, no Rio de Janeiro, estará com todos os seus serviços de preparação física, fisioterapia e Ciências do Esporte à disposição das atletas. O COB também apoiará a CBSurf na realização do Circuito Brasileiro feminino, que terá quatro etapas em 2018.

Uma das contrapartidas do projeto é que as três surfistas beneficiadas façam palestras pelo Brasil, com o objetivo de motivar novas atletas a começarem na modalidade. “O surfe é uma modalidade muito praticada no nosso país e temos certeza que esse apoio do COB vai estimular ainda mais que outras meninas venham também a praticar o esporte no Brasil. A corrida olímpica já começou e essas são as três melhores colocadas no ranking mundial, mas estamos atentos para outras atletas que possam surgir e vamos procurar dar a melhor estrutura possível para que nossas atletas cheguem a Tóquio em condições de conquistar medalhas”, observou Rogério Sampaio, Diretor Geral do COB, campeão olímpico de judô em Barcelona 92.

A classificação olímpica se dará através do ranking do Circuito Mundial da World Surf League (WSL) de 2019, mas podem ser obtidas também via ISA World Surfing Games 2020 e nos Jogos Pan-Americanos Lima 2019 para os países que, na ocasião, ainda não tenham atingido a quantidade máxima de atletas permitida.

“Nós já temos uma atleta excelente, a vice-campeã mundial Silvana Lima. E buscamos repatriar a Tatiana, que competia pelo Havaí. E, nesse momento, estamos investindo na Tainá, de 14 anos, que tem um grande futuro e ano passado ficou como 3ª melhor do mundo Jr. na WSL. Nossa torcida é que apareçam mais atletas de alto nível e que possam disputar com elas. Porque, quem vai representar o Brasil em 2020 são as melhores atletas. A CBSurf está aqui, assim como o COB, para ajudar para que elas possam ter as melhores condições para representar o Brasil em Tóquio 2020”, afirmou Adalvo Argolo, presidente da CBSurf.

O surfe fará a estreia no programa olímpico nos Jogos de Tóquio 2020, junto com skate, escalada esportiva e karatê. Beisebol e softbol voltam ao Programa. “O surfe é uma modalidade nova no Programa Olímpico com grande importância para o Brasil. Temos dois campeões mundiais no masculino, Gabriel Medina e Adriano de Souza, e excelentes atletas também no feminino, o que nos dá a certeza de uma boa performance em Tóquio, contribuindo para o resultado geral do Time Brasil no evento”, disse Jorge Bichara.

Confira os benefícios concedidos a cada uma delas:

Silvana Lima

– Seis etapas do Circuito Mundial
– Quatro etapas do WQS 6000
– Uma viagem para treinamento em El Salvador

Tainá Hinckel

– Quatro etapas do WQS 6000
– Uma etapa do WQS 1500
– Uma etapa do WQS 1000
– Um Pro-Júnior
– Uma viagem para treinamento no Havaí

Tatiana Weston-Webb

– Seis etapas do Circuito Mundial
– Quatro etapas do WQS 6000
– Uma viagem para treinamento em El Salvador

COB ACOMPANHOU COMPETIÇÃO EM PISCINA DE ONDAS NA CALIFORNIA

WSL / Kelly Cestari

No último fim de semana, Silvana Lima e Tainá Hinckel sentiram um gostinho de como deverá ser competir pelo Time Brasil em Tóquio. As duas, ao lado de Adriano de Souza, Gabriel Medina e Felipe Toledo, fizeram parte da equipe brasileira que alcançou a segunda colocação no Founders Cup, competição entre países idealizada pelo 11 vezes campeão mundial Kelly Slater, em sua piscina de ondas na Califórnia.

O COB também enviou representantes para acompanhar de perto a competição e estabelecer um primeiro contato com os principais surfistas do país, já que o mundo olímpico ainda é uma novidade para eles. “Conversamos com os atletas, pais e técnicos muito mais para entender como funciona o dia a dia deles durante uma competição. Ali já demos pílulas de como funciona o ambiente olímpico e eles tiveram a oportunidade de competir pelo Brasil como time. O espírito de equipe, um torcendo para o outro, foi uma experiência super legal para eles. Para o surfe, que é um esporte individual, trabalhar em equipe foi primordial. E pra gente, como observação, foi importante para entendermos como funciona esse meio e onde o COB pode ajudar a modalidade”, explicou Bernardo Otero, gestor esportivo do COB, que esteve na California.

O COB ainda fez duas importantes reuniões nos Estados Unidos, com a Federação Internacional de Surfe, a ISA, para entender mais das regras, da parte técnica da modalidade, e com a World Surf League, entidade que organiza o Circuito Mundial da modalidade, para conhecer mais a estrutura e discutir assuntos relacionados ao local e sistema de competição em Tóquio 2020.

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