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Surfe

Tati perde de novo pra Caroline Marks e fecha mundial em terceiro

Brasileira ganhou as duas primeiras rodadas no WSL Finals e estava a cinco minutos da grande final, porém tomou a virada para a mesma algoz da decisão do ouro na Olimpíada de Paris

Tati Weston-Webb WSL Finals final circuito mundial de surfe
(Pat Nolan/World Surf League)

A brasileira Tatiana Weston-Webb chegou bem perto da grande final do circuito mundial de surfe. Ela venceu as duas primeiras rodadas no WSL Finals, em Trestles, nesta sexta-feira (6), e estava a cinco minutos da grande decisão. Porém, tomou a virada da autal campeã olímpica e mundial, Caroline Marks, dos Estados Unidos, e encerra em terceiro lugar a temporada de 2024. Vale lembrar que Marks derrotou Tati na final dos Jogos de Paris-2024 há cerca de um mês.

WSL Finals reúne os cinco melhores surfistas da temporada no masculino e feminino para decidir quem fica com o título de 2024. O formato é simples. O quinto e o quarto melhores ranqueados abrem a competição e quem ganhar a bateria enfrenta o terceiro. O vencedor deste confronto pega o segundo e, a seguir, o primeiro ranqueado na grande final. A decisão é uma melhor de três baterias e será entre Marks e a também estadunidense Caitlin Simmers.

Duas vitórias

Tatiana Weston-Webb venceu a australiana Molly Picklum na primeira rodada por 12,74 a 9,40 e a costarriquenha Brisa Hennessy logo a seguir por apertados 13,77 a 13,17. Contra Caroline Marks, o duelo foi bem morno na primeira metade. Elas pegaram apenas duas ondas, uma pra cada lado, e bem parecidas. Um 6,50 pra estadunidense e um 6,00 para a brasileira.

As duas só voltaram a pegar onda, novamente uma pra cada lado, a 17 minutos do término. Desta vez, Tati foi melhor e virou a bateria com 7,83 contra 6,70. No somatório, apertados 13,83 a 13,20 para a brasileira. A cinco minuto do fim, a atual campeã olímpica e mundial pegou uma direita de backside sem a prioridade. Encaixou boas manobras numa onda longa pra conseguir um 7,50 e virar a bateria. Sem série no horizonte, foi fatal. Sendo assim, o Brasil segue sem título mundial entre as mulheres.

Primeira vitória

Contra Molly Picklum, Tati pegou a primeira onda da bateria, uma direita de backside, e deu duas rasgadas e uma paulada na junção. Molly veio logo atrás e fez uma onda parecida, tanto que a brasileira recebeu um 5,00 e a australiana, um 4,50. A segunda de Tati também foi de backside pra direita, mas onda deu mais espaço pra mais manobras, e manobras mais radicais. Resultado, 6,17 e a liderança na bateria por 11s17 a 6,33. Entre as duas ondas da brasileira, Molly pegou duas, sem grandes resultados.

Segunda metade

A treze minutos do fim, entrou mais uma série e Tati Weston-Webb, com a prioridade, fez a melhor nota da bateria, 6,57. Subiu o somatório pra 12,74 contra 8,00 de Molly Picklum, que a sete minutos do fim foi a 8,77. Àquela altura, a australiana precisava de 8,24. A menos de dois minutos, Molly pegou a última onda dela, subiu um pouco o somatório, mas nada que ameaçasse a brasileira. Assim, Tatiana Weston-Webb foi para a segunda rodada do WSL Finals para enfrentar Brisa Hennessy.

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Brisa Hannessy

O mar não rendeu muitas ondas boas para o surfe na bateria entre Tatiana Weston-Webb e Brisa Hannessy. Foram apenas dez ondas computadas, sendo que até os seis minutos finais, a brasileira tinha descido três e a costarriquenha outras três. Tati vencia por 13,77, com um 7,50 e um 6,27. Brisa tinha 11,67 e precisava de 7,30. Na reta final da bateria, Brisa desceu a melhor onda dela, um sete, mas não conseguiu tirar a brasileira da terceira rodada do Finals de surfe.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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