O catarinense Alejo Muniz ganhou dois duelos brasileiros com os irmãos Samuel e Miguel Pupo, e foi vice-campeão do Challenger Series de Sydney. O surfista perdeu a final para o atleta local de North Narrabeen, Jordan Lawler, que usou os aéreos para conquistar o título. Na decisão feminina, a também australiana Isabella Nichols conquistou o bicampeonato da etapa contra a canadense Erin Brooks, que segue na frente no ranking do Challenger Series 2024. Isabella assumiu o segundo lugar, assim como o Alejo, que tiraria a liderança do Samuel Pupo se vencesse esta segunda e última etapa na Austrália. A próxima é em KwaZulu-Natal, nos dias 1 a 8 de julho na África do Sul.
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“Estou muito feliz por estar aqui neste pódio”, disse Alejo Muniz. “Eu tenho trabalhado tanto, por tanto tempo, para voltar a surfar num nível mais alto. Passei por duas cirurgias, perdi a classificação para o CT por pouco algumas vezes, então estar de volta as finais, significa muito para mim. Quando eu saí de casa, prometi ao meu filho que levaria para casa um troféu de um desses eventos na Austrália, então papai cumpriu a promessa (risos). Estou realmente feliz com meu desempenho e com este bom resultado”.
Com o vice-campeonato do Challenger Series de Sydney, o catarinense sai da Austrália em segundo lugar no ranking que classifica 10 surfistas para completar a elite da World Surf League no CT 2025. Alejo fez parte do grupo dos melhores surfistas do mundo de 2011 até 2016 e vem tentando retornar desde então.
DUELOS BRASILEIROS
O líder é Samuel Pupo, vice-campeão da primeira etapa do Challenger Series 2024 na Gold Coast na semana passada, vencida por outro australiano, Mikey McDonagh. Samuca não escapou do corte do meio da temporada do CT esse ano, assim como seu irmão, Miguel Pupo. Alejo Muniz derrotou os dois na terça-feira, com seu ataque vertical de backside nas esquerdas de North Narrabeen. Miguel Pupo abriu o dia já usando seus aéreos de frontside, para derrotar Ian Gouveia na abertura das quartas de final.
No duelo seguinte, Alejo escolheu a tática de pegar várias ondas, enquanto Samuel Pupo preferiu ser mais seletivo e ir nas melhores das séries. Só que quando Samuca surfou a primeira, que valeu 7,50, Alejo já havia construído uma boa vantagem, somando 7,93 com 6,50 para vencer por 14,43 a 11,33 pontos. Contra o Miguel nas semifinais, repetiu o ataque agressivo de backside, com batidas e rasgadas abrindo grandes leques de água. Alejo já conseguiu 7,83 na terceira onda que pegou e Miguel seguiu arriscando os aéreos. Quando ele acertou o melhor, que valeu 7,20, Alejo Muniz respondeu com 7,27 para confirmar a classificação para a final, por 15,10 a 12,87 pontos.
A FINAL
Na decisão do título do Challenger Series de Sydney, Jordan Lawler arriscou os aéreos desde o início. Errou o primeiro, mas na segunda tentativa, fez o giro completo no ar, completou a aterrissagem e ganhou nota 7,83. Alejo Muniz respondeu com 6,17 das suas manobras de backside. O australiano seguiu voando e usando a borda nas manobras de frontside também, para ir aumentando a vantagem a cada onda.
Depois do primeiro aéreo, conseguiu 6,10, que trocou por 6,83, depois por 7,27 e ainda levantou a torcida em mais duas ondas muito bem surfadas, acertando tudo para receber notas 7,93 e 7,60. Alejo Muniz reagiu no final da bateria, conseguindo notas 7,13 e 7,20. Mas, Jordan Lawler já havia consolidado a vitória por 15,76 a 14,33 pontos. Com o título em Sydney, o australiano entrou no ranking do Challenger Series, já ocupando a sexta posição com os 10.000 pontos recebidos.
“Eu quase nem consigo acreditar. Vencer em casa, diante de todos esses rostos familiares, é tão incrível que estou sem palavras”, disse Jordan Lawler. “Eu cresci admirando muitos desses surfistas, então competir contra eles e conseguir a vitória, especialmente em casa, é como um sonho que se tornou realidade. Eu trabalhei muito para estar aqui e estou ansioso para seguir em busca do meu grande objetivo este ano, a qualificação para o Championship Tour”.
BRASIL NO RANKING
Apesar de ter perdido os títulos nas finais das duas primeiras etapas do Challenger Series 2024 na Austrália, o Brasil começa muito bem o circuito de acesso para o CT 2025, ocupando metade das 10 vagas que irão completar a elite dos top-34. Samuel Pupo lidera o ranking com Alejo Muniz em segundo lugar, Ian Gouveia em quarto, Miguel Pupo em sexto e Michael Rodrigues fechando o G-10. Três australianos também estão na lista, o campeão na Gold Coast, Mikey Donagh, em terceiro lugar, George Pittar em quinto e Jordan Lawler em sexto. Empatados na sétima posição com Miguel Pupo, estão o francês Gatien Delahaye e Josh Burke, de Barbados.