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Surfe

Julian Wilson é campeão de Gold Coast; Tomas Hermes é o 3º

WSL / ED SLOANE

Se recuperando de uma lesão no ombro, Julian Wilson bate Andrian Buchan e fatura o título de Gold Coast; Tomas Hermes é o melhor brasileiro na competição.

Em final 100% australiana, melhor para Julian Wilson. Contra o compatriota Adrian Buchan, o surfista australiano conquistou, em casa, seu primeiro título de Gold Coast, etapa de abertura do Circuito Mundial de Surfe da WSL (Liga Mundial). Ainda se recuperando de uma lesão na clavícula, Julian conseguiu uma das melhores notas do evento para bater Buchan por 17,43 a 15,10. Com a vitória, Wilson ainda faturou a camiseta amarela, dada ao líder do ranking mundial.

Após uma hora de paralisação, a final masculina – pela segunda vez consecutiva disputada entre dois surfistas locais – foi para a água. A decisão começou lenta até Julian Wilson encontrar um excelente tubo e colocar 9,93 no marcador (segunda maior nota da competição). A resposta de Buchan veio aos 22 minutos, com um tubo menor que rendeu 5,90. Pouco depois, Adrian encontrou mais uma boa onda para somar 6,50. Como o adversário tinha 15,10, ele, com 12,40, precisaria de uma onda excelente para conseguir a virada. Essa onda veio nos 10 minutos finais, com 8,60. Julian conseguiu mais uma boa nota (7,50), e, com a maior somatória do evento (17,43), ficou com o caneco.

 

Esta é a segunda final de Julian Wilson em Gold Coast. Na primeira tentativa, em 2015, acabou superado por Filipe Toledo. O último título do australiano foi no ano passado, no Taihi, sobre Gabriel Medina. Wilson ainda soma os canecos de Portugal (2012) e Pipeline Masters (2014).

O dono do melhor resultado brasileiro foi Tomas Hermes. Fazendo sua estreia na elite do surfe mundial, o catarinense se despediu nas semifinais, após derrota para Adrian Buchan. O Brasil repete a melhor colocação na etapa. Na última temporada, Gabriel Medina foi o melhor surfista nacional, eliminado nas semis por Owen Wright.

Como as ondas aumentaram muito em Snapper Rocks, a competição foi transferida para Kirra. Com ondas tubulares, o último dia da etapa complicou a leitura de ondas e posicionamento dos surfistas. Apesar disso, o dia teve altas ondas, com direito ao primeiro surfe perfeito do ano. O primeiro dez da temporada foi para o estreante na elite Griffin Colapinto (EUA)

A competição feminina também foi finalizada nesta quarta-feira. Após dois dias de paralisação, a etapa australiana viu a americana Lakey Peterson sagrar-se campeã. Na decisão, ela bateu a australiana Keely Andrew por 15,67 a 5,67. Anteriormente, nas semifinais, Lakey bateu a havaiana Malia Manuel por 11,00 a 8,33. Já Keely superou, por  7,50 a 6,77, a australiana Sally Fizgibbons. Vale lembrar que a brasileira Silvana Lima foi eliminada na terceira fase.

 

A próxima parada da “perna australiana” será em Bells Beach entre os dias 28 de março e 8 de abril. A etapa marcará a despedida de Mick Fanning do surfe profissional.

Tomas Hermes fica com o melhor resultado do Brasil

Em seu primeiro ano no WCT, Tomas Hermes foi o brasileiro que chegou mais longe na primeira competição do ano. Com um surfe consistente durante toda a competição, ele não se intimou com a troca de praia para, nas quartas, eliminar Filipe Toledo. Já nas semifinais, com menos ondas, o natural de Santa Catarina viu Adrian Buchan conquistar a melhor onda da bateria (7,00) e encaminhar a classificação. O brasileiro ainda tentou uma onda salvadora nos minutos finais. Precisando de 4,84 para virar, o surfista de 31 anos conseguiu apenas 4,00 e se despediu.

Owen Wright e Filipe Toledo sentem mudança de praia

Protagonizando belos momentos em Snapper Rocks, Owen Wright (AUS) e Filipe Toledo não se encontraram nos tubos de Kirra. Na primeira bateria das quartas de final, o australiano não conseguiu manter o nível de surfe dos últimos dias, somando apenas 2,50 contra 13,50 de seu compatriota Adrian Buchan.  Wright foi o campeão da última edição de Gold Coast.

Já Filipe Toledo, detentor da terceira maior nota da competição (9,67), não encontrou a segunda onda do somatório e viu o novato Tomas Hermes surfar a melhor onda da segunda bateria das quartas, 5,60, e ficar com a vaga para as semifinais. Campeão da etapa em 2015, Filipinho ainda buscou uma onda salvadora no fim, mas não conseguiu a virada, deixando o marcador em 8,73 a 7,33.

Estreante, Michael Rodrigues para nas quartas

Em sua primeira temporada na elite do surfe mundial, Michael Rodrigues foi o segundo brasileiro a se despedir da competição nas quartas de final. Contra Julian Wilson, que ainda se recupera de uma fratura na clavícula, o novato apresentou um bom surfe, mas não conseguiu bater o australiano que consegui a maior nota das quartas, 8,17. O placar final foi 14,44 contra 10,00.

Primeiro dez do ano

Após chegar perto com Filipe Toledo no round 4, a primeira nota dez do Circuito Mundial saiu no último dia de Gold Coast. Com uma combinação de três belos tubos, o novato americano Griffin Colapinto foi o responsável pela primeira onda perfeita. A nota veio na vitória contra o taitiano Michel Bourez na última bateria das quartas de final por 16,43 a 12,44.

Confira os resultados de Gold Coast:

Masculino

Quartas de Final

1. Adrian Buchan (AUS) 13,50 X 2,50 Owen Wright (AUS)

2. Tomas Hermes (BRA) 8,73 X 7,33 Filipe Toledo (BRA)

3. Julian Wilson (AUS) 14,44 X 10,00 Michael Rodrigues (BRA)

4. Griffin Colapinto (EUA) 12,60 X 10,94 Michel Bourez (TAH) 

 

Semifinais

1. Adrian Buchan (AUS) 10,00 X 9,17 Tomas Hermes (BRA)

2. Julian Wilson (AUS) 13,77 X 11,66 Griffin Colapinto (EUA)

 

Final

Julian Wilson (AUS) 17,43 X 15,10 Adrian Buchan (AUS)

 

Feminino

Semifinais

1. Lakey Peterson (EUA) 11,00 X 8,33 Malia Manuel (HAV)

2. Keely Andrew (AUS)  7,50 X 6,77 Sally Fizgibbons (AUS)

 

Final

Lakey Peterson (EUA) 15,67 X 5,67 Keely Andrew (AUS)

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