Onze passaram para disputar vagas para as oitavas de final do QS 6000 de Sidney e no feminino Silvana Lima e a peruana Melanie Giunta também avançaram na quinta-feira na Austrália.
Os brasileiros seguem com maioria entre os concorrentes ao título do QS 6000 Vissla Sydney Surf Pro na Austrália. Dos dezessete que competiram na quinta-feira de ondas de 3 pés em Manly Beach, onze passaram para a rodada dos 24 surfistas que vão disputar classificação para as oitavas de final, assim como a cearense Silvana Lima e a peruana Melanie Giunta na categoria feminina. Silvana foi um dos destaques do quarto dia, ao massacrar uma boa onda para receber uma das maiores notas do campeonato, 9,40. Na quinta-feira, as meninas abriram o dia e depois os homens também disputaram a última rodada de confrontos formados por quatro competidores em Sydney.
“Quando eu peguei aquela onda, eu sabia que teria grandes seções para manobrar”, disse Silvana Lima. “Eu fiz a primeira manobra e quis ir forte novamente pra segunda, então pensei: por que não? Quando eu cheguei na junção e acertei a manobra forte, já sabia que seria uma nota alta (9,40). A competição aqui está muito forte e esse é o tipo de surfe que se espera que façamos para obter notas maiores”.
A bateria da estrela brasileira da elite do CT foi a sexta a entrar no mar na manhã da quinta-feira em Manly Beach. A cearense começou com uma nota 6,00 e a primeira da neozelandesa Ella Williams foi melhor, valeu 7,67. Mas, Silvana assumiu o controle com o 6,67 que recebeu em sua terceira apresentação. Depois, sacramentou a vitória destruindo uma onda com manobras potentes executadas nas partes mais críticas para ganhar nota 9,40 dos juízes, a maior do QS 6000 Sydney Women´s Surf Pro até ali.
Antes da brasileira, as outras duas sul-americanas que estavam na terceira fase, já haviam competido. A peruana Melanie Giunta entrou na terceira bateria do dia e surfou bem para despachar a espanhola Garazi Sanchez-Ortun e a australiana Sophia Chapman, mas foi por pouco. Melanie superou a espanhola por uma pequena vantagem de 12,17 a 12,03 pontos e a norte-americana do CT, Sage Erickson, passou em primeiro com 16,46. Já a equatoriana Dominic Barona foi barrada pela havaiana Malia Manuel e pela australiana Kirra-Belle Olsson em sua estreia no QS 6000 de Sydney.
A peruana Melanie Giunta vai disputar a sexta bateria classificatória para as oitavas de final do QS 6000 Sydney Women´s Surf Pro com duas havaianas, Bailey Nagy e a top do CT, Malia Manuel. A brasileira Silvana Lima entra como favorita no confronto seguinte, contra a australiana Mikaela Greene e a norte-americana Alyssa Spencer. Já na categoria masculina, o enorme contingente de onze surfistas formou duas baterias 100% verde-amarelas que garantem quatro classificados para as oitavas de final do QS 6000 Vissla Sydney Surf Pro.
CONFRONTOS BRASILEIROS – O primeiro confronto brasileiro será na quarta bateria, com o cearense Michael Rodrigues, o catarinense Alejo Muniz e o paulista Alex Ribeiro, disputando duas vagas para as oitavas de final. Na bateria seguinte, a briga será entre o pernambucano Ian Gouveia, o paulista Deivid Silva que tirou uma das maiores notas do campeonato na quinta-feira – 9,73 – e o baiano Bino Lopes.
Na segunda bateria, dois brasileiros que perderam suas vagas na elite do CT no ano passado, o potiguar Jadson André e o paulista Miguel Pupo, enfrentam o sul-africano Beyrick De Vries. Os outros três estão sozinhos com surfistas de outros países. O catarinense Mateus Herdy está na primeira bateria com dois australianos, Reef Heazlewood e o líder do QS, Mikey Wright. O paulista Wiggolly Dantas entra na terceira com o havaiano Keanu Asing e o americano Griffin Colapinto. E o paranaense Peterson Crisanto na sétima com o francês Maxime Huscenot e o australiano Shane Campbell.
BRASILEIROS EM AÇÃO – Após o encerramento da terceira fase feminina, começou a terceira rodada masculina com o paulista Miguel Pupo garantindo a primeira classificação brasileira na segunda bateria. Ele enfrentou os números 1 e 3 do ranking que dominaram a bateria, mas Pupo reagiu no final e com notas 6,27 e 7,67 nas ondas surfadas nos últimos minutos, superou o terceiro colocado, Evan Geiselman, por 13,94 a 12,03 pontos. O australiano Mikey Wright venceu por 14,13 e segue defendendo a liderança do QS 2018 em Sydney.
Na disputa seguinte, aconteceu a primeira participação tripla do Brasil e o potiguar Jadson André também confirmou a vitória em sua última onda, que valeu nota 8,0. Com ela, totalizou 15,60 pontos contra 15,43 do jovem catarinense Mateus Herdy, que liderou todo o confronto. O carioca Lucas Silveira acabou eliminado em terceiro lugar, junto com o número 4 do ranking, Matthew McGillivray, da África do Sul.
Na quarta bateria entraram dois brasileiros e só o catarinense Alejo Muniz se classificou na disputa vencida pelo havaiano Keanu Asing, com o capixaba Rafael Teixeira ficando em último. No confronto seguinte, o norte-americano Griffin Colapinto surfou as melhores ondas para fazer o maior placar do dia – 17,50 – com notas 9,00 e 8,50. Tinha que ser assim para derrotar os três brasileiros que enfrentou, um deles o recordista absoluto do QS 6000 Vissla Sydney Surf Pro, o cearense Michael Rodrigues, que passou em segundo lugar superando por pouco – 12,53 a 12,37 – o paulista Samuel Pupo. Em quarto ficou o carioca Raoni Monteiro com 11,27.
Em quase todas as baterias tinha algum brasileiro disputando vagas para a rodada classificatória para as oitavas de final. Na sexta dessa terceira fase, os paulistas Alex Ribeiro e Wiggolly Dantas despacharam dois australianos numa tacada só, Soli Bailey e Jackson Baker. Na melhor onda, Alex Ribeiro ganhou nota 9,23 para vencer a bateria. No confronto seguinte, o baiano Bino Lopes bateu mais dois australianos, mas Dion Atkinson passou em segundo, enquanto Jack Freestone ficou em último, eliminado junto com o indonesiano Oney Anwar.
Também competindo sozinho contra três surfistas de outros países, o pernambucano Ian Gouveia da elite do CT, derrotou o taitiano Mihimana Braye, o neozelandês Ricardo Christie e o francês Jorgann Couzinet. E na sequência, aconteceu outra bateria com participação tripla do Brasil que foi vencida pelo único estrangeiro. Apesar de ter conseguido uma das maiores notas do campeonato (9,73), o paulista Deivid Silva ainda foi superado pelo italiano Leonardo Fioravanti por 16,27 a 16,03 pontos. Eles barraram dois catarinenses que vão estrear na elite do CT este ano, Willian Cardoso e Tomas Hermes.
E para fechar a ótima participação brasileira na quinta-feira em Manly Beach, o paranaense Peterson Crisanto ganhou a décima bateria, contra o havaiano Joshua Moniz, o australiano Mitchell Parkinson e o norte-americano Jake Marshall. Ainda tinha o peruano Miguel Tudela na última bateria do dia, mas ele não conseguiu achar boas ondas e terminou em quarto lugar na dobradinha australiana de Matt Banting com Shane Campbell. Além do peruano, o português Frederico Morais também foi eliminado nesta bateria que fechou a terceira fase.
Acompanhe a transmissão ao vivo das etapas do QS 6000 masculina e feminina do Vissla Sydney Surf Pro ao vivo de Sydney na Austrália pelo www.worldsurfleague.com