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Surfe

Onze brasileiros começam a temporada da WSL no Havaí

Seleção brasileira está pronta para primeira etapa do Mundial de Surfe em Banzai, no Havaí.

Filipe Toledo se classificou para as Olimpíadas de Paris 2024 após avançar para as finais na etapa de surfe em J-Bay. (Foto: Thiago Diz/World Surf League)
Filipe Toledo, campeão da temporada passada, com o troféu da WSL (Foto: Thiago Diz/World Surf League)

Falta menos de uma semana para o Billabong Pro Pipeline dar a largada no World Surf League (WSL) Championship Tour (CT) 2023 na ilha de Oahu, no Havaí. O prazo da primeira etapa da temporada, começa no dia 29 de janeiro e vai até 10 de fevereiro no maior palco do esporte. Os 11 titulares da seleção brasileira da WSL já estão escalados para estrear nos tubos de Banzai Pipeline. Os melhores surfistas do mundo estão ansiosos para competir, pois não se enfrentam desde agosto, quando foi encerrado o CT 2022 no Taiti.

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Oito campeões mundiais competirão no CT 2023

Com o título mundial conquistado no WSL Finals do ano passado na Califórnia, Filipe Toledo entrou num seleto grupo de oito campeões que vão competir no WSL Championship Tour 2023. Além disso, na seleção brasileira tem mais dois, o tricampeão Gabriel Medina número 1 do mundo em 2014, 2018 e 2021. Ítalo Ferreira, o melhor da temporada 2019 completa a lista. O cinquentão Kelly Slater, que venceu o Billabong Pro Pipeline pela oitava vez em 2022, segue na busca do seu 12º título mundial. O havaiano John John Florence completa a lista de campeões no grupo dos top-34, que iniciarão a temporada esse ano.

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Na categoria feminina, são três entre as 17 concorrentes ao título de 2023. A australiana Stephanie Gilmore se tornou a recordista absoluta com o octacampeonato em 2022, superando os sete títulos da sua compatriota, Layne Beachley. Além dela, tem a pentacampeã Carissa Moore e a bicampeã Tyler Wright. O Brasil já coleciona seis títulos na categoria masculina. Contudo, não tem nenhum na feminina. Tatiana Weston-Webb chegou a decidir o de 2021 no WSL Finals, mas perdeu a melhor de três para Carissa Moore e ficou com o vice-campeonato, como Silvana Lima e Jacqueline Silva anos atrás.

Campeã do Pipeline 2022 vai defender o título

No ano passado, a convidada Moana Jones Wong fez história ao vencer a primeira etapa da história do Championship Tour feminino a ser disputada do início ao fim no templo sagrado do esporte. Ela ganhou o título de “Rainha de Pipeline”, derrotando a pentacampeã mundial Carissa Moore na grande final do Billabong Pro Pipeline 2022. Assim, Moana acabou convidada novamente pela WSL, para defender sua coroa esse ano e vai estrear na mesma bateria da atual campeã mundial, Stephanie Gilmore.

Além disso, outra novidade na competição feminina, é a portuguesa Teresa Bonvalot. Ela perdeu sua qualificação para o CT 2023 no último dia do Challenger Series do ano passado. A australiana Sophie McCulloch acabou tirando Teresa do grupo das top-5 do ranking, com a vitória na etapa final da temporada, disputada em Haleiwa Beach, no Havaí. A portuguesa vai substituir a francesa Johanne Defay, que está lesionada. Sophie McCulloch também se contundiu e a americana Alyssa Spencer foi chamada para ocupar seu lugar no Billabong Pro Pipeline.

Seleção brasileira escalada para estrear nos tubos de Pipeline

Com essa mudança de última hora, algumas baterias da primeira fase terminaram alteradas. A brasileira Tatiana Weston-Webb segue na primeira com a norte-americana Caroline Marks. Contudo, a terceira adversária agora é a portuguesa Teresa Bonvalot e não mais a australiana Sally Fitzgibbons. Alyssa Spencer entrou na segunda, das havaianas Carissa Moore e Bettylou Sakura Johnson. E, na terceira, estão as australianas Stephanie Gilmore e Macy Callaghan, com a defensora do título do Billabong Pro Pipeline, Moana Jones Wong.

Esta primeira fase das etapas do WSL Championship Tour é classificatória e não elimina ninguém. Assim, na categoria feminina, as vencedoras das seis baterias já avançam para as quartas de final. Contudo, as duas perdedoras de cada uma, têm outra chance na segunda fase. Enquanto isso, na masculina, os ganhadores das doze baterias passam direto para as oitavas de final, com o segundo e terceiro colocados em cada, tendo que disputar a repescagem. Felizmente, nenhum dos dez titulares da seleção brasileira, foi escalado na mesma bateria.

Italo Ferreira Surfe Jogos Olímpicos de Tóquio
Campeão da WSL em 2019, Ítalo Ferreira também é primeiro campeão olímpico da história do surfe (Jonne Roriz / COB)

O número 6 do mundo no ano passado, Miguel Pupo, entra na primeira com o californiano Nat Young e um dos estreantes no CT 2023, o havaiano Ian Gentil. Na segunda, tem João Chianca contra o japonês Kanoa Igarashi e outro norte-americano, Jake Marshall. Logo depois, na quarta, está Jadson André com o australiano Jack Robinson e o havaiano Ezekiel Lau. Por fim, estreia o primeiro campeão mundial, Ítalo Ferreira, com mais dois havaianos, Imaikalani Devault e o vice-campeão em Pipeline no ano passado, Seth Moniz.

Felipe Toledo defende título

No confronto seguinte, Filipe Toledo faz a sua primeira defesa do título, vestindo a lycra amarela de número 1 da World Surf League contra o australiano Jackson Baker e o irmão de Seth, Joshua Moniz. A sétima bateria marca o retorno de Michael Rodrigues ao time titular da seleção brasileira, enfrentando o californiano Griffin Colapinto e o havaiano Barron Mamiya. Na oitava, Caio Ibelli encara a fera Kelly Slater, campeão do Billabong Pro Pipeline em 2022, além do marroquino Ramzi Boukhiam.

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Na 10ª tem Samuel Pupo com o sul-africano Matthew McGillivray e o indonésio Rio Waida. E na 11ª e penúltima, Yago Dora enfrenta os australianos Callum Robson e Ryan Callinan, antes de um dos confrontos mais aguardados dessa primeira fase. Nele, estão o bicampeão mundial John John Florence, o tricampeão Gabriel Medina e o italiano Leonardo Fioravanti, campeão do Challenger Series 2022.

Ciclo Olímpico

Além de dar a largada na corrida pelo título mundial de 2023, o Billabong Pro Pipeline também vai abrir o Ciclo Olímpico para os Jogos de Paris 2024. O WSL Championship Tour 2023 é o principal caminho para os melhores surfistas do mundo. Dos 48 atletas que disputarão as medalhas do surfe na França, 18 (10 homens e 8 mulheres) serão indicados pelo ranking final das dez etapas da temporada, que começa no Havaí e termina em agosto no palco das Olimpíadas de Paris, nos tubos de Teahupoo, no Taiti.

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