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Surfe

Treze brasileiros avançam no Challenger de Saquarema

Treze brasileiros, sendo oito homens e cinco mulheres, seguem com chances de levar o título do Challenger de Saquarema, na Praia de Itaúna

Challenger de Saquarema: Medina anda com sua prancha
Gabriel Medina avançou para a 3ª fase em Saquarema (Foto: Thiago Diz/WSL)

O dia foi cheio no mar da Praia de Itaúna para a disputa do Challenger de Saquarema. Nesta sexta-feira (4), foram realizadas 18 baterias que definiram os 24 homens e 32 mulheres que seguem vivos na disputa da etapa do WSL Challenger Series. O dia ainda teve uma homenagem ao surfista William Cardoso que encerrou sua carreira no Circuito Mundial em Saquarema.

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William encerrou sua carreira no surfe em uma bateria com o italiano Leonardo Fioravanti, o francês Joan Duru e o havaiano Keanu Asing. Fioravanti e Duru ficaram com as duas melhores somatórias, enquanto William e Asing foram eliminados da disputa do Challenger de Saquarema. “Estou muito feliz, com a sensação única de dever cumprido. Foram 17 anos na luta sempre com muita determinação de nunca desistir”, disse Willian Cardoso, logo que chegou na arena do evento. “Eu tentei ali até o último minuto me classificar, acreditando que a Nossa Senhora de Nazaré da igrejinha, fosse me abençoar enviando uma onda, para que não acabasse hoje. Mas, a festa está linda, maravilhosa, só tenho que agradecer a todos os meus amigos ao longo desses anos de carreira e tem um novo capítulo da minha vida por vir aí”, afirmou.

William Cardoso é carregado após sair do mar
William após sua última bateria da carreira (Foto: Thiago Diz/WSL)

Vagas no G-10

Antes da bateria que marcou a despedida de Willian Cardoso, as atenções no Challenger de Saquarema, estavam centralizadas na batalha pelas vagas para a elite dos top-34 que vai disputar o Championship Tour (CT) da WSL em 2023. No primeiro confronto masculino da sexta-feira, estava o local João Chianca, que saiu do CT no corte do meio da temporada implantado esse ano.

João Chianca faz manobra aérea em uma onda
João Chianca nas ondas de Saquarema (Foto: Thiago Diz/WSL)

Ele estava no grupo dos 10 que se classificam pelo Challenger Series, mas despencou para o 18º lugar na etapa passada, em Portugal. Com sua passagem para a segunda fase em Saquarema, ganhou duas posições e subiu mais duas na sexta-feira, já aparecendo em 14º no ranking. Não entraram muitas ondas boas na sua bateria e o francês Timothe Bisso pegou a melhor para vencer. Três brasileiros ficaram brigando pelo segundo lugar e João Chianca levou a melhor sobre o paulista Marcos Correa e o potiguar já garantido no CT 2023, Jadson André.

“A gente busca fazer o que é preciso, sem dar show”, disse João Chianca. “Dar show é quando o resultado está garantido, mas agora tenho que passar baterias e vou fazer o que precisar para isso. Vou marcar quem precisar marcar e estou muito feliz, porque consegui avançar, que era o mais importante para mim nessa hora”.

No confronto seguinte, o jovem pernambucano Douglas Silva deu até uma ajuda para João Chianca, surpreendendo dois concorrentes diretos dele por vaga no G-10. Douglas despachou o número 5 do ranking, Ezekiel Lau, do Havaí e o americano Eithan Osborne, 12º colocado, na disputa vencida pelo australiano Kalani Ball. Duas baterias depois, o tricampeão mundial Gabriel Medina estava conquistando a primeira vitória brasileira da sexta-feira. Mas, no último minuto, o americano Jett Schilling acertou um aéreo full rotation muito alto, que arrancou nota 8,67 dos juízes, a maior do evento. Ele acabou tirando o primeiro lugar de Gabriel Medina por 15,44 a 13,86 pontos. Os dois eliminaram o japonês Taichi Wakita e o argentino José Gundesen.

Vitórias brasileiras

Três dos quatro competidores estavam na briga direta por vagas no G-10, mas o vencedor foi um titular já garantido na “seleção brasileira” do CT 2023. O número 6 do mundo esse ano, Miguel Pupo, começou bem com nota 7,00 e liderou do início ao fim. Na briga pela segunda vaga para a terceira fase, ficaram o número 8 do ranking do Challenger Series, Michael Rodrigues, o número 9, Maxime Huscenot, e o 21.o colocado, Gatien Delahaye. A nota 7,03 conseguida por Maxime, definiu sua classificação por 11,86 a 11,23 pontos do brasileiro, com Gatien ficando em último com 10,10 nas duas notas computadas.

Depois da vitória de Miguel Pupo, só tiveram mais duas do Brasil, do paulista Edgard Groggia na oitava bateria, do cearense Cauã Costa na 11.a e a sexta-feira terminou com o peruano Lucca Mesinas ganhando a 12.a e última do dia. Com exceção de Cauã Costa, que pela primeira vez está participando de uma etapa do Challenger Series, os outros estão na briga direta por vagas no G-10. O ranking atualizado com os resultados da sexta-feira, tem João Chianca em 14.o lugar, Lucca Mesinas em 16.o e Edgard Groggia em 17.o.

Os três precisam chegar nas quartas de final para ingressar na zona de classificação para o CT 2023 em Saquarema. Quem também tem chances de entrar no G-10 é o carioca Lucas Silveira, mas só se for um dos dois finalistas em Saquarema. Agora, restam 24 concorrentes ao título de 9 países. A maioria é do Brasil com 8 surfistas, contra 5 da Austrália, 4 da França, 2 dos Estados Unidos, 1 da Itália, 1 do Japão, 1 de Marrocos, 1 do Havaí e 1 do Peru.

Disputa feminina

Summer sai do mar carregando sua prancha
Summer Macedo é uma das cinco brasileiras na segunda rodada em Saquarema (Foto: Thiago Diz/WSL)

Antes da segunda fase masculina, a sexta-feira começou pelas seis baterias que restavam para fechar a rodada inicial feminina. O grande destaque foi a norte-americana Alyssa Spencer, que estabeleceu novos recordes para Challenger de Saquarema. Ela pegou uma boa direita para mandar dois pancadões de backside muito fortes, que arrancaram nota 8,67 dos juízes.

A californiana ainda surfou outra onda boa para somar 7,10 na vitória por 15,77 pontos, sobre a costa-ricense Leilani McGonagle, a brasileira Karol Ribeiro e a japonesa Hinako Kurokawa. As marcas de Alyssa Spencer ultrapassaram a nota 8,50 e os 15,33 pontos do Samuel Pupo na quinta-feira.

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O Brasil é maioria entre as 32 concorrentes de 15 países, que seguem na disputa do título da penúltima etapa do Challenger Series 2022. São cinco surfistas, contando com Mariana Areno e Summer Macedo, que avançaram em segundo lugar nas baterias que abriram a sexta-feira. As outras três brasileiras são Sophia Medina, Laura Raupp e Anne dos Santos, que estrearam com vitórias na quinta-feira (3).

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