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Gabriel Medina atribuiu altos e baixos à lesão no início do ano

WSL / Sherm

Gabriel Medina atribui altos e baixos à lesão, que sofreu na primeira etapa do ano, na Áustrália, e que lhe tirou a capacidade máxima no restante do primeiro semestre.

Depois de uma segunda-feira (18) cheia de grandes emoções e baterias dramáticas, Gabriel Medina fez um balanço da temporada. Ainda emocionado, logo após sair da água derrotado pelo francês Jeremy Flores, que lhe tirou as chances de título e posteriormente venceu o Billabong Pipe Masters sobre o campeão mundial John John Florence, o brasileiro contou como foi o seu 2017 e prometeu voltar com tudo ano que vem.

Confira a declaração do brasileiro Gabriel Medina:

“Estou bem cansado agora, porque dei tudo de mim lá dentro d´água. 2017 foi um grande ano, apesar de uma lesão que tive no início do ano na Austrália, que não foi bom pra mim… mas tentei fazer o meu melhor. Eu tive alguns resultados ruins, mas também consegui bons resultados. Foi um ano longo e é difícil lidar com estes altos e baixos, isso foi estressante, mas faz parte do jogo. Meu objetivo aqui era chegar na final, não consegui, mas no ano que vem estarei de volta com tudo de novo”.

Para se ter ideia da diferença de resultados de Medina quando ele estava 100% e quando sentia incômodos pela lesão no ligamento do joelho, vamos a um comparativo:

Aproveitamento de Medina, nas etapas em que surfou 100%, é muito maior. Foto: WSL/Tony Heff

Nas 5 etapas em que surfou machucado, apenas 14.500 pontos

1ª etapa do ano, na Gold Coast (AUS). Gabriel Medina se machuca no início da competição, mas mesmo assim permanece na disputa e chega à semifinal. 6.500 pontos para ele.

2º etapa, em Margaret River (AUS). Medina perde no round 2 e fica em último (25º). 500 pontos na conta.

3ª etapa, em Bells Beach (AUS). Medina perde no round 3, fica em 13º e soma 1.750 pontos.

4ª etapa, no Rio de Janeiro (BRA). Medina fica em 9º e soma 4.000 pontos.

5ª etapa, em Fiji. Medina fica em 13º e encerra primeiro semestre com mais 1.750 pontos.

Nas 6 etapas que surfou 100% recuperado, total de 41.500 pontos

6ª etapa, em Jeffreys Bay (AFS). Medina fica em 3º lugar e soma 6.500 pontos.

7ª etapa, no Taiti. Medina fica com o 2º lugar e soma 8.000 pontos.

8ª etapa, em Trestles. Medina fica em 13º e soma 1.750 pontos.

9ª etapa, na França. Medina vence o campeonato e soma 10.000 pontos

10ª etapa, em Portugal. Medina vence e soma 10.000 pontos

11ª etapa, no Havaí. Medina fica em 5º e soma 5.200 pontos

Para se ter ideia de quão bom foi esse desempenho, no mesmo período John John Florence, que posteriormente se sagrou campeão mundial, conquistou 38.600.

O próprio havaiano comentou a dificuldade e a tensão gerada com a aproximação de Medina após a recuperação de sua lesão:

“Foi assustador ter alguém como o Gabriel (Medina) brigando pelo título, pois ele é um excelente surfista e um grande competidor. O que ele fez na Europa foi incrível, ganhou dois eventos seguidos e teria sido legal se tivéssemos feito a final aqui”, afirmou John John.

Vencedor do Pipe Masters, Jeremy Flores também comentou sobre Gabriel Medina:

Jeremy Flores, campeão do Pipe Masters. Foto: WSL/Tony Heff

Parabéns ao John John e ao Gabriel (Medina), vocês estão em outro nível. Meu objetivo era vencer esse evento, mas conseguir isso é muito louco. Para ser sincero, eu não gosto de ser aquele cara que entra na briga de um título decisivo. É por isso que, honestamente, me senti mal quando ganhei do Gabriel. Deveria ser um confronto entre eles, pois esses caras trabalham muito duro também. Eu só queria um bom resultado para não sair do CT e acabei conseguindo ganhar este título para a França, então estou feliz porque isso não acontece muitas vezes”.

Jornalista formada pela Cásper Líbero. Apaixonada por esportes e boas histórias.

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