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Surfe

Medina volta ao circuito, mas sem vaga garantida em 2023

Brasileiro ficará abaixo do corte neste ano e, portanto, só poderá competir por meio de convites da WSL. Para a próxima temporada, ou conquista a vaga via Challenge Series ou vai depender de novos wild cards

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(WSL/Matt Dunbar)

O brasileiro Gabriel Medina já tem confirmada a volta para o circuito mundial de surfe. Será na sexta etapa do calendário, em G-Land, na Indonésia, com janela prevista para começar no dia 28 de maio. Com isso, o tricampeão mundial não passará pelo corte da atual temporada e, portanto, a participação dele em G-Land e em outras etapas deste ano depende de convites distribuídos pela World Surf League (WSL). Além disso, Medina deixa de ter vaga garantida na temporada do ano que vem e precisará conquistar uma por meio do Challenge Series ou, novamente, depender de novos convites, os chamados wild cards, da organização.

Gabriel Medina ficou de fora das quatro primeiras etapas da Championship Tour (CT), circuito que reúne os melhores do surfe mundial, por conta de problemas de saúde mental. Inicialmente ele anunciou a desistência da primeira, em Pipeline, no Havaí. O surfista passava por dificuldades pessoais, como o rompimento com o padrasto e então técnico, Charles Rodrigues, polêmicas envolvendo a mãe, Simone Medina, e a então esposa, a atriz Yasmin Brunet. Além disso, vinha sofrendo com uma lesão no quadril. A ausência acabou se estendendo para as três etapas seguintes, Sunset Beach, no Havaí, Peniche, em Portugal, e Bells Beach, na Austrália. Como anunciou que volta somente na Indonésia, vai perder Margaret River, também na Austrália, marcada para começar no domingo (24).

Nesta sexta-feira (22), em entrevista publicada pelo GE, confirmou a volta. “Estou motivado. Estou com a minha rotina de volta, de atleta, de acordar cedo, alimentar bem. Voltou tudo ao normal. Vamos nessa. Estou indo para a Indonésia, é uma etapa nova em G-Land. Isso me deixa ainda mais motivado”, disse, em texto assinado pelos repórteres Breno Dines e Guilherme Pereira.

Fora do corte

A temporada do circuito mundial de surfe prevê um corte após as cinco primeiras etapas, ou seja, após Margaret River. Permanecem apenas os 22 melhores colocados no ranking mundial. A ausência nas cinco primeiras etapas deixou Gabriel Medina na 41ª colocação com 1.060 pontos. Somou nas quatro primeiras etapas os 265 destinados a quem cai na primeira rodada, mesmo tendo sido substituído por Caio Ibelli. Se Medina fosse para Margaret River ainda poderia superar o corte, pois o 22º colocado tem 8.735 pontos e o campeão leva 10 mil. Como não vai, será cortado e, portanto, a participação em qualquer etapa a seguir depende do convite. A WSL oferece dois para cada etapa, um para a chave masculina, outra para a feminina, para atender atletas contundidos ou afastados por motivo de saúde, como foi o caso do brasileiro.

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Challenge Series ou wild cards

Além do corte, os surfistas que ficam abaixo da 22ª colocação no ranking após a quinta etapa não têm garantia de vaga no CT do ano seguinte. Eles têm de disputá-las no Challenge Series, uma espécie de repescagem em um circuito de oito etapas reunindo até 96 atletas. Além dos cortados do CT, entram competidores oriundos do Qualifying Series, algo como a segunda divisão do surfe mundial, e convidados. Como Gabriel Medina não vai passar o corte, o Challenge Series é um caminho para recuperar a vaga na elite no ano que vem. Uma segunda opção é receber em todas as etapas o convite da WSL destinado ao masculino para atender atletas contundidos ou afastados por motivo de saúde.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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