O QS 1000 de Florianópolis vai fechar os rankings regionais de 2021/2022 da World Surf League Latin America na próxima semana na Praia Mole. Na capital catarinense, serão coroados o campeão e a campeã sul-americana de surfe profissional da temporada 2021/2022 e definidas as listas dos surfistas do continente para disputar o Challenger Series 2022. As baterias eliminatórias começam na quarta-feira (dia 6) e prosseguem até o domingo. A segunda edição da competição vai acontecer com o princípio da igualdade na premiação para homens e mulheres.
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Ainda há vagas disponíveis para completar o limite de 32 participantes da categoria feminina, mas o da masculina se esgotou e o formato foi até estendido para 136 atletas, devido à grande quantidade de surfistas querendo competir na Praia Mole. Entre eles, grandes estrelas já consagradas, como o campeão mundial Adriano de Souza, outros ex-tops da elite da WSL e várias promessas da nova geração do Brasil e de outros países da América do Sul.
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E foram jovens surfistas que venceram a primeira edição do QS de Florianópolis em 2021, superando os mais experientes para festejar suas primeiras vitórias no Circuito Mundial. A maior surpresa aconteceu na categoria feminina, com a catarinense Laura Raupp, de apenas 15 anos de idade, derrotando a peruana Melanie Giunta, 25 anos, na sua estreia em etapas do WSL Qualifying Series. Laura vai defender o título tentando confirmar sua vaga para o Challenger Series. Ela está em quarto lugar no ranking, que classifica apenas quatro surfistas.
“Estou super ansiosa para competir no LayBack Pro de novo”, disse Laura Raupp. “O primeiro foi irado! Foi o primeiro QS da minha vida e eu já ganhei. A praia tava lotada, a LayBack fez uma contagem aérea de que tinha umas 8.000 pessoas na areia e foi uma sensação incrível ter vencido. Espero poder sentir tudo de novo. As condições do mar estavam difíceis, mas consegui mostrar meu surfe e foi uma grande conquista pra mim. Agora vai ter outro LayBack e estou treinando bastante com meu pai, todos os dias, para tentar outro bom resultado lá na Mole”.
Na final masculina, Eduardo Motta, 19 anos, também ganhou sua primeira decisão de QS, disputada contra um ex-top do CT, Michael Rodrigues, 27 anos. Ele já começou bem a bateria e controlou a vantagem para superar o surfista que vinha batendo recordes a cada apresentação na Praia Mole. Diferente de Laura Raupp, o guarujaense Eduardo Motta já está com sua vaga no Challenger Series praticamente garantida. Ele ocupa a terceira posição no ranking da WSL Latin America, que classifica dez surfistas.
“Estou bem animado para este campeonato e venho treinando bastante, porque é um evento muito importante pra mim e para vários atletas que estão na busca pelas vagas para o Challenger Series”, destacou Eduardo Motta. “No ano passado, foi durante o campeonato a primeira vez que eu surfei na Praia Mole e gostei bastante. Eu já voltei lá no começo desse ano para treinar e é uma onda bem parecida com a que eu surfo aqui em casa (no Guarujá)”.
Eduardo Motta é um dos 28 principais cabeças de chave do QS de Florianópolis. Este grupo dos mais bem colocados no ranking, só entra na quarta fase da competição, junto com os quatro “wildcards” (convidados) dos organizadores, José Francisco “Fininho” e Jeverson Duarte pelo evento e Vitor Ferreira e Pedro Neves pela WSL Latin America. Os primeiros cabeças de chave são ex-tops do CT, Peterson Crisanto (número 1), Alex Ribeiro (2), Wiggolly Dantas (3) e Ian Gouveia (4). Estes são apenas alguns fortes concorrentes para Eduardo Motta tentar repetir os momentos vividos com a vitória no ano passado.
“Aquele dia foi inesquecível para mim”, relembra Eduardo Motta. “Eu nunca tinha chegado nas quartas de final de um evento mundial do QS, então passar para as semifinais já tinha sido um grande feito para mim. Depois, enfrentar o Yago (Dora) e vencer ele numa bateria muito boa, aí chegar na final e ser campeão, foi muito incrível. Eu já vinha sonhando com isso há bastante tempo e a vitória me deu mais confiança para ir com tudo nos próximos campeonatos”.