Em casa, John John Florence é bicampeão mundial de surfe; Jeremy Flores vence o Pipe Masters; Gabriel Medina perde nas quartas e vê sonho do bi adiado.
Com muita dramaticidade, foi conhecido o campeão mundial de surfe de 2017. A disputa estava entre Gabriel Medina e John John Florence. Devido à eliminação do brasileiro nas quartas de final do evento, o havaiano pôde comemorar o bicampeonato, enquanto o brasileiro ficou com o vice. Após muita festa e champagne, John John voltou para a água e conquistou vaga na final da última etapa da temporada, o Billabong Pipe Masters. No entanto, na grande decisão, Jeremy Flores faturou o troféu.
Medina paga por erros do primeiro semestre
Gabriel Medina precisava vencer o evento e torcer para John John perder, no máximo, nas semifinais para ser campeão. Mas, o brasileiro não fez a sua parte. Contra Jeremy Flores, que já havia o vencido no round 5, ele perdeu nas quartas em uma bateria, na qual poucas ondas apareceram e, então, o havaiano fez a festa e assegurou seu bimundial.
Mais uma vez, Medina paga pelos seus erros na primeira metade da temporada, em que foi mal na perna australiana, no Rio de Janeiro e em Fiji. Depois, tentou reabilitação na reta final, com vitórias em Portugal e na França, mas não deu.
Minutos após receber a notícia da conquista e “molhado de champagne”, como ele mesmo afirmou, John John foi pra água e protagonizou uma bateria eletrizante contra o brasileiro Ian Gouveia, pegando um tubaço no final e avançando para a decisão. Do outro lado da chave, Jeremy Flores, algoz de Medina, venceu Kanoa e avançou.
Na final, uma bateria eletrizante. John John Florence mostrou o porquê de ter se tornado bicampeão mundial e liderou durante quase toda a bateria. Junto com a vibração da praia, surfou leve, fazendo os tubos parecerem fáceis e com notas muito acima da média em seu somatório por pouco não faturou, pela primeira vez na carreira, a etapa do Havaí. Este título ficou com o francês Jeremy Flores, que pegou uma onda no final e venceu com o apertado placar de 16.23 a 16.16.
Gabriel Medina surfa muito no campeonato, mas é refém de séries espaçadas nas quartas
Gabriel Medina mostrou a que veio em Pipeline. Maior prova disso foi a vitória maiúscula nas quartas de final contra o norte-americano Kelly Slater, deixando-o em combinação até o fim. No entanto, contra Jeremy, as ondas não vieram. E quando veio, o francês é quem tinha a prioridade e conseguiu se aproveitar, tirando 7.33. Então, Medina precisava de um high score e nenhuma onda que possibilitasse apareceu. Mas, ano que vem tem mais e Gabriel mostrou que nunca pode se duvidar dele, já que saiu de um nono lugar para o segundo, em três etapas.
Ian Gouveia e brasileiros na briga pelo CT 2018
Ian Gouveia chegou em Pipeline com o objetivo de entrar no top-22 e se classificar para a elite do surfe mundial de 2018. Para isso, ele mirava uma semifinal e foi, exatamente onde chegou. No entanto, os outros resultados o prejudicaram e, assim, ele terminou o ano em 23º. Se algum surfista desistir, aposentar-se ou até mesmo se a WSL decidir dar um de seus wildcards para ele, o brasileiro volta ao CT ano que vem. Caso contrário vai para o QS.
Outros brasileiros também não conseguiram entrar no top-22. Foram os casos de Miguel Pupo, Wiggolly Dantas e Jadson André.
Michael Rodrigues ganha vaga no CT 2018
Já Ítalo Ferreira, que estava no top-10 do QS terminou no top-22 do CT. O mesmo aconteceu com Kanoa Igarashi. Sendo assim, o brasileiro Michael Rodrigues e o norte-americano Patrick Gudauskas ganharam a vaga para o CT 2018, devido à dupla qualificação dos colegas.
Griffin Colapinto vence a Tríplice Coroa Havaiana
Após os resultados do dia, Griffin Colapinto conquistou a Tríplice Coroa Havaiana, com seus pontos nas etapas de Haleiwa e Sunset Beach. Os melhores brasileiros na competição foram Wiggolly Dantas, Ítalo Ferreira e Ian Gouveia.
+ CONFIRA COMO FICOU O RANKING COMPLETO DO MUNDIAL DE SURFE 2017
Resultados do último dia do Billabong Pipe Masters
Final
Jeremy Flores 16.23 x 16.16 John John Florence (HAV)
Semifinais
1: John John Florence (HAV) 12.56 x 12.33 Ian Gouveia (BRA)
2: Jeremy Flores (FRA) 12.20 x 11.33 Kanoa Igarashi (EUA)
Quartas de finais
1: Ian Gouveia (BRA) 9.70 x 8.40 Joel Parkinson (AUS)
2: John John Florence (HAV) 17.60 x 2.40 Julian Wilson (AUS)
3: Jeremy Flores (FRA) 12.76 x 6.04 Gabriel Medina (BRA)
4: Kanoa Igarashi (EUA) 9.57 x 8.67 Ítalo Ferreira (BRA)
Round 5
1: Joel Parkinson (AUS) 15.23 x 9.43 Conner Coffin (EUA)
2: Julian Wilson (AUS) 12.50 x 7.90 Caio Ibelli (BRA)
3: Gabriel Medina (BRA) 17.97 x 9.16 Kelly Slater (EUA)
4: Ítalo Ferreira (BRA) 6.34 x 0.90 Leo Fioravanti (ITA)
Round 4
1: Ian Gouveia (BRA) 11.73 x Conner Coffin (EUA) 1.23 x Julian Wilson (AUS) 0.43
2: John John Florence (HAV) 13.17 x Caio Ibelli (BRA) 12.87 x Joel Parkinson (AUS) 4.53
3: Jeremy Flores (FRA) 15.37 x Gabriel Medina (BRA) 12.10 x Ítalo Ferreira (BRA) 7.57
4: Kanoa Igarashi (EUA) 12.44 x Leonardo Fioravanti (ITA) 4.60 x Kelly Slater (EUA) 4.47