A World Surf League acionou o “Yellow Alert” para o Rip Curl WSL Finals no domingo, anunciando que a decisão dos títulos mundiais de 2021 pode acontecer em 24 horas. A primeira chamada da segunda-feira será as 7h00 em San Clemente, na Califórnia, Estados Unidos, 11h00 no Brasil, com transmissão ao vivo no Olimpíada Todo Dia.
A previsão das ondas está se confirmando e é promissora para que Lower Trestles apresente ótimas condições para os top-5 e as top-5 do ranking se enfrentarem nesta segunda-feira. Pela primeira vez em 45 anos de história, os campeões mundiais da temporada serão definidos no mesmo dia, com um formato especial de baterias mata-mata.
“A chamada está OFF hoje (domingo), não teremos competição, mas acionamos o Yellow Alert para o Rip Curl WSL Finals acontecer possivelmente amanhã (segunda-feira)”, disse a vice-presidente de circuitos e competições da World Surf League, Jessi Miley-Dyer. “Estava ansiosa em dar essa notícia e estou muito feliz. O Yellow Alert é o aviso, com 24 horas de antecedência, para todos ficarem preparados para um possível início do evento. Então, basicamente, estamos anunciando que é grande a probabilidade de a competição rolar amanhã”.
“Tem até um valinha de ondas divertidas, mas não teremos competição hoje (sábado)”, disse a vice-presidente de circuitos e competições da World Surf League, Jessi Miley-Dyer. “Pela previsão, hoje é o menor dia de ondas, mas dá para fazer um freesurf legal ali. Parece que o mar começa a subir a partir de amanhã (domingo) e segunda e terça-feira prometem ser os melhores dias de ondas deste swell (ondulação). A previsão está fantástica, teremos ótimas condições e tudo indica que faremos o evento na segunda ou terça-feira”. |
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O Brasil na final masculina
Os brasileiros são favoritos para conseguir o pentacampeonato mundial na estreia deste novo formato para definir os campeões da temporada, que está sendo inaugurado pela World Surf League no WSL Finals. Gabriel Medina, Italo Ferreira e Filipe Toledo encabeçam o ranking e os três tentam feitos inéditos para as suas carreiras. O do Medina é entrar no seleto grupo de apenas cinco surfistas que conquistaram três títulos mundiais, Kelly Slater, Mark Richards, Tom Curren, Andy Irons (in memoriam) e Mick Fanning. O do Italo é ser o primeiro brasileiro bicampeão mundial consecutivo. E o do Filipe é conseguir seu primeiro título.
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Dos três, Filipe Toledo é o que possui o melhor retrospecto nas ondas de Lower Trestles. Ele mora em San Clemente e conhece muito bem as diferentes condições do mar desta praia. Filipe ganhou as últimas etapas da World Surf League disputadas em Trestles. A do Championship Tour em 2017 terminou em uma dobradinha brasileira com Silvana Lima, depois de ficar nas semifinais em 2016 e 2015. E neste ano de 2015, tinha vencido a última etapa do WSL Qualifying Series lá realizada, com status QS 10000.
Filipe é filho do bicampeão brasileiro Ricardo Toledo, que conquistou os títulos nos anos que seus filhos nasceram, o Matheus em 1991 e o Filipe em 1995. Em suas veias corre sangue de campeão e Filipe é quase imbatível em finais. Ele ganhou 10 das 13 que disputou, com uma incrível invencibilidade nas sete primeiras, três em 2015, duas em 2017 e duas em 2018, quando foi bicampeão do Oi Rio Pro no Brasil e na etapa de Jeffreys Bay, na África do Sul. Mas, neste ano de 2018, perdeu a invencibilidade para Gabriel Medina, na estreia do Surf Ranch no calendário do WSL Championship Tour.
Em 2019, perdeu a decisão do Rip Curl Pro Bells Beach para John John Florence na Austrália e voltou a ser derrotado por Medina no Surf Ranch, mas festejou o tricampeonato no Oi Rio Pro com uma campanha impressionante desde que a etapa mudou para Saquarema. Em três anos na “Capital Nacional do Surf”, só perdeu uma bateria na Praia de Itaúna, mas venceu todas as 13 disputadas nas ondas da Barrinha, onde conseguiu a última das 12 notas 10 da sua carreira no CT. Se em Saquarema, ele venceu 93% das baterias, em Lower Trestles o índice é igualmente impressionante, 73% ganhando 16 das 22 disputadas em 5 participações no CT de San Clemente.
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Tatiana Weston-Webb é o Brasil no feminino
Na categoria feminina, a gaúcha Tatiana Weston-Webb é a esperança de um primeiro título mundial do Brasil entre as mulheres. A última a chegar perto de conseguir esse feito foi Silvana Lima, vice-campeã em 2008 e 2009. Essa foi a primeira vez que Tatiana terminou em segundo lugar no ranking. Ela vai disputar a vaga para enfrentar Carissa Moore na decisão do título, também em uma melhor de três baterias, contra quem passar do confronto entre Sally Fitzgibbons e a vencedora do duelo entre Stephanie Gilmore e Johanne Defay, que vai abrir o WSL Finals nas ondas de Lower Trestles.