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Tóquio 2020

Quarteto brasileiro se garante nas oitavas dos Jogos Olímpicos de forma direta

Ítalo Ferreira, Gabriel Medina, Silvana Lima e Tatiana Weston-Webb estão entre os 16 melhores atletas do surfe em Tóquio 2020

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Miriam Jeske/COB

A história começou a ser escrita. Neste sábado (24), o surfe teve seu primeiro dia na história dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Favoritos na disputa por uma medalha no Japão, Ítalo Ferreira e Gabriel Medina comprovaram o momento na água. Com duas das três melhores notas do dia na disputa masculina, os brasileiros se garantiram de forma direta para as oitavas de final. Entre as mulheres, Silvana Lima cresceu conforme a bateria e se garantiu entre as 16 melhores.

Ítalo Ferreira está nas oitavas

A história do surfe começou a ser escrita nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 com um toque do Brasil. Na primeira bateria da história da modalidade na Olimpíada, Ítalo Ferreira deu show. Competindo ao lado do japonês Hiroto Ohhara, do italiano Leonardo Fioravanti e do argentino Leandro Usuna, o brasileiro se manteve na frente da disputa o tempo todo e saiu com a vitória com 13.67. 

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Além de Ítalo, Hiroto terminou com 11.40 e se garantiu de forma direta nas oitavas de final e só voltam a competir nos Jogos Olímpicos de Tóquio no próximo dia de competição. Já Leonardo Fioravanti e Leandro Usuna, que ficaram em terceiro e quarto lugar, seguem para a repescagem e voltam para a água ainda nesta madrugada.

Surfe Jogos Olímpicos de Tóquio
Miriam Jeske/COB

“Sempre tem um nervosismo, mas quando eu comecei a entrar no ritmo da bateria as coisas começaram a acontecer.
Eu gosto de surfar, eu não gosto de esperar, então quando eu comecei a pegar bastante onda e comecei a criar as manobras, isso fez com que eu aumentasse as minhas notas e evitasse pensar nos outros adversários. E quando tem onda é bom porque eu só surfo e não me preocupo nem com a prioridade, esse é o meu jeito de competir”, comentou Ítalo.

Gabriel Medina voa para as oitavas

Um dos candidatos, para não dizer favorito, a medalha de ouro, Gabriel Medina estreou nos Jogos Olímpicos numa bateria contra Michel Bourez, da França, e Leon Glatzer, da Alemanha. O português Frederico Morais testou positivo para a Covid-19 e foi retirado da competição. Carlos Munoz, da Costa Rica, foi chamado para substituir o surfista de Portugal mas não chegou a tempo da disputa. 

Miriam Jeske/COB

Na disputa, Bourez largou na frente e assumiu a liderança da bateria com 9.17. Assim como Ítalo Ferreira, Gabriel Medina também colocou na água o seu jeito de surfar e foi construindo sua nota. Com cerca de 16 minutos para o fim, Medina chegou em 9.17 e dividiu a liderança. Na sequência, os surfistas da França e Alemanha encaixaram uma onda cada e jogaram Medina para terceiro, até ele acordar para a disputa. 

Fora da zona de classificação, Gabriel Medina colocou seu cartel de manobras em prática. Com dois aéreos em sequência, o brasileiro melhorou sua somatória e chegou em 12.23, assumindo a ponta da competição e se garantiu nas oitavas de final.

“É muito diferente do que a gente tinha, é um mundo muito profissional onde tem os melhores do mundo e eu fico feliz de fazer parte desse time. É um passo muito grande pro surfe, a gente está chegando no mundo inteiro. Eu sei o quanto importante e especial é. Eu sei que eu consigo surfar mais, mas a bateria foi boa para estar mais adaptado com o mar. No começo teve um momento que eu não achei nada e tiveram 4 minutos ali que resolveram a bateria, esse é o “Beach Break” do Japão, a bateria só acaba quando termina, pode acontecer qualquer coisa. Isso é bom pra dar uma acordada e estar preparado para os próximos rounds”, comentou Medina.

Chave feminina

Silvana Lima entre as 16 melhores

Silvana Lima foi a primeira brasileira a disputar um prova olímpica no surfe. Competindo contra a australiana Stephanie Gilmore, a francesa Pauline Ado e Anat Lelior, de El Salvador, a brasileira foi crescendo conforme a bateria. Sabendo escolher a melhor onda para buscar as manobras, Desta forma, Silvana esteve sempre entre as três melhores atletas e soube “dar o bote” na onda certa.

Com uma série de manobras em duas ondas, a brasileira colocou a sua somatória acima de 10 e assumiu a liderança com 12.13. Na reta final, Gilmore retomou a ponta, ao chegar em 14.50, e Silvana Lima passou a controlar na estratégia. Tendo a prioridade, a brasileira controlou a prova nos minutos finais e manteve a segunda colocação, se classificando para as oitavas de final de maneira direta.

Tatiana Weston-Webb avança para as oitavas

Quarta colocada no ranking mundial de surfe, Tatiana Weston-Webb se impôs. Fazendo o seu surfe e, com isso, controlando o ritmo da bateria, Tatiana Weston-Webb se manteve na liderança da bateria do começo ao fim. Sabendo a hora de arriscar, a brasileira foi construindo e saiu com a vitória na bateria com 11.33.

Formato de disputa

Para a estreia nos Jogos Olímpicos, o surfe conta com 20 atletas no masculino e no feminino. Na primeira fase, os atletas são divididos em cinco baterias de quatro atletas e os dois melhores avançam para as oitavas de final. Os 10 surfistas que não seguirem para as oitavas de final disputam a repescagem, dividida em duas baterias de cinco atletas com os três melhores seguindo.

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Os seis competidores que conseguirem as vagas na repescagem seguem para as oitavas de final. Os 16 melhores atletas são divididos em confronto de dois surfistas em baterias eliminatórias até a decisão.

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