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Surfe

Na França, brasileiros tentam entrar na briga pelo mundial

WSL: Kelly Cestari

Neste sábado (07), às 2h45 da manhã (horário de Brasília) começa o Quiksilver Pro France, nona etapa do mundial de surfe, que será realizada na comuna francesa de Hossegor. A competição pode ser, praticamente, a última chance de algum brasileiro entrar na briga pelo título mundial, que hoje está bipolarizado entre o havaiano John John Florence e o sul-africano Jordy Smith. Adriano de Souza (6º), Filipe Toledo (7º), que vem de vitória inédita para o Brasil em Trestles, e Gabriel Medina (8º) precisam de bons resultados para sonhar com a taça no final do ano.

A chance verde e amarela

Quando se fala da etapa da França um nome vem à cabeça: Gabriel Medina. Desde que entrou no CT, o menino de Maresias disputou a etapa seis vezes, chegou em quatro finais e venceu duas – a primeira delas com apenas 17 anos. No entanto, em 2017 Gabriel não encanta o público como nas últimas temporadas. Um pouco de azar, um pouco de mérito dos adversários e há até quem fale em falta de concentração. Fato é que essa é a pior temporada de Gabriel desde 2013. O oitavo lugar na tabela e as participações pífias em Trestles, na perna australiana e em Fiji demonstram seu desempenho bem abaixo do esperado. Quem sabe a França não levanta sua moral mais uma vez. O título este ano está muito difícil, mas uma boa participação pode ser um alento para um 2018 melhor.

Ano passado a final foi disputada por Gabriel Medina e Keanu Asing (HAV). Confira os melhores momentos do Finals Day:

Filipinho, como todos sabem, é oito ou oitenta em 2017. Sem meio termo para o garoto crescido em Ubatuba. Ou chega para ganhar as etapas ou chega para perder nas primeiras fases. Para se ter ideia, nesse ano foram duas vitórias, uma em Trestles e uma em J-Bay, intercaladas por um 25º lugar, a pior posição possível, em Teahupoo, Taiti. No entanto, sua moral está nas alturas. A vitória nos Estados Unidos foi excepcional. É a grande chance dele calar os críticos e passar das quartas de final pela primeira vez em Hossegor. Mineirinho é outro que não costuma trazer bons resultados da etapa francesa. Exceção feita a 2015, quando no auge chegou à semifinal. No entanto, quando menos se espera ele vai lá e surpreende.

A bipolarização: John John x Jordy Smith

Surpresas à parte, quem está surfando muito em 2017 e briga realmente pelo título é John John Florence, do Havaí, e Jordy Smith, da África do Sul. Os dois estão disparados do pelotão e, dificilmente, darão brecha, se continuarem da mesma maneira. Solto como nunca, Jordy dispara manobras muito fortes e, dependendo das condições do mar pode se encaixar perfeitamente. Mas não se esqueça: John John já venceu lá em 2014, dando show. Uma disputa que promete alta qualidade.

Quem pode surpreender

Brevemente, temos que falar das zebras – ou nem tanto assim. Mick Fanning não faz um grande ano, nem das quartas passou. Mas é tetracampeão na França. Não se pode desprezá-lo. O português Frederico Morais é outro que vem mostrando um power surf muito bom e eu não duvidaria que sua primeira vitória no tour acontecesse na França. Julian Wilson e Ítalo Ferreira são meros coadjuvantes, que podem se tornar protagonistas. Fiquemos de olho!

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Jornalista formada pela Cásper Líbero. Apaixonada por esportes e boas histórias.

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