No primeiro dia de baterias em Margaret River, a terceira etapa do Circuito Mundial de surfe de 2021, o Brasil garantiu oito atletas na próxima fase. Em um dia de grandes ondas, o destaque ficou com Gabriel Medina e Filipe Toledo que venceram suas baterias e estão no round 3. Entre as mulheres, Tatiana Weston-Webb cresceu no decorrer da sua bateria e está no round de 16. Deivid Silva, Caio Ibelli e Yago Dora ainda passarão pelo round 1 na Austrália.
Gabriel Medina e Adriano de Souza avançam juntos
Voltando a usar a camisa amarela do circuito mundial de surfe, Gabriel Medina teve como adversários da primeira bateria em Margaret River o australiano Dylan Cox e Adriano de Souza, o Mineirinho. Assim como já havia acontecido neste primeiro dia, a disputa entre o trio não foi tão movimentada nos primeiros minutos e a liderança acabou ficando com Medina por ele ter aproveitado melhor uma das poucas ondas.
Próximo da metade da bateria, Gabriel achou a primeira boa nota da bateria. Com uma série de manobras fortes, o brasileiro somou mais 6.50 em seu total e chegou em 10.50, jogando a pressão para os demais. No embalo de Medina, Adriano de Souza também melhorou seu total, Com um 5.50, Mineirinho chegou em 6.40 e complicou Dylan Cox.
Já nos 12 minutos finais, a dupla brasileira subiu ainda mais sua soma. Com um 7.43, Gabriel Medina colocou seu total em 13.93 e encaminhou sua vaga no round 3 de Margaret River. Em segundo lugar, Adriano de Souza aumentou sua somatória para 9.00 e deixou o australiano da bateria precisando de um pequeno milagre para avançar. Na reta final, Dylan Cox chegou a melhorar e encostar seu total no de Mineirinho mas não conseguiu passar o brasileiro e acabou caindo para a repescagem da etapa do mundial de surfe.
Filipe Toledo e Peterson Crisanto estão no round 3 de Margaret River
Na primeira bateria com mais de um brasileiro, Filipe Toledo e Peterson Crisanto enfrentaram Connor O’Leary, da Austrália. Diferente de outras baterias do dia, esta disputa demorou para ter ondas e Filipiinho, que achou uma série de manobras com quase 10 minutos de disputa, assumiu a ponta com 5.67.
A falta de ondas seguiu durante todo o tempo e, com isso, a emoção ficou para o fim. Peterson Crisanto assumiu a liderança e confirmou a ponta ao somar 10.10 com pouco mais de 5 minutos para o fim. Dentro dos últimos dois minutos, Connor O’Leary encaixou uma série de manobras, subiu para 8.36 e deixou o terceiro posto com Filipinho, que ainda tinha apenas sua a nota de abertura.
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Nos últimos 90 segundos, Filipinho achou uma excelente onda, encaixou uma série de manobras, chegou em 11.50 e classifcou para o round 3 com Peterso Crisanto, fazendo com que o australiano Connor O’Leary ficasse para a repescagem de Margaret River.
Ítalo Ferreira avança com emoção
Último campeão mundial de surfe, Ítalo Ferreira abriu sua participação na etapa do Mundial de surfe contra os australiano Jacob Willcox e Jack Robinson. Nos primeiros 10 minutos, o brasileiro manteve seu estilo, de gerar um volume de ondas e buscar conseguir notas. Desta maneira, Ítalo assumiu a liderança com 10 minutos passados.
Com uma série de manobras, o brasileiro tirou um 7.83, chegou na somatória de 8.23 e abriu vantagem na primeira colocação. Já na segunda metade da disputa, Ítalo Ferreira e Jack Robinson melhoraram suas notas, subindo para 12.00 e 10.00 de total e colocaram pressão em Willcox.
Pressionado, o australiano conseguiu a segunda maior nota da bateria. Com uma série de manobras, Jacob tirou um 6.97, somou 12.47 e tomou a ponta de Ítalo Ferreira, com cerca de 19 minutos para o fim. Após um período sem ondas, o trio de surfistas deu show e as somatórias subiram mais uma vez.
Jacob Willcox assumiu o posto de dono da maior nota da bateria, com um 8.33, chegou em 15.30 e abriu vantagem na liderança. Ítalo Ferreira trocou sua menor onda e chegou em 13.76, mantendo o segundo lugar. Já Jack Robinson encostou um pouco mais no brasileiro ao somar 13.43, com menos de sete minutos para o término da disputa.
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No momento de definição, Robinson foi para o tudo ou nada e, literalmente na última onda, quase conseguiu virar para cima do brasileiro. Contudo, como o “quase” não pega onda, Jacob Willcox e Ítalo Ferreira se garantiram no round 3 de Margaret River e Jack Robinson caiu para a repescagem da etapa do Mundial de Surfe.
Jadson André consegue avançar em Margaret River
Na bateria entre Jadson André, o sul-africano Jordy Smith e o australiano Reef Heazlewood, o brasileiro começou melhor. Depois do surfista da África do Sul abrir a disputa com uma nota 4,00, Jadson encaixou uma série de manobras, tirou um 5.33 e tomou a ponta com pouco menos de 30 minutos para o fim.
Contudo, logo na sequência, Smith e Heazlewood cresceram. Primeiro, o sul-africano somou um 3.50 em seu total e chegou a 7.50, virando o novo líder. Em seguida, o australiano encaixou um 5.00 e um 1.50 para subir na classificação e empurrar Jadson André para a terceira colocação da bateria em Margaret River, com pouco mais de 20 minutos para o fim.
Já na segunda metade da bateria, o surfista brasileiro subiu seu total para 7.83 e reassumiu a liderança. Com cerca de 15 minutos para o fim, Jordy Smith acertou a melhor onda da bateria e com um 7.17 chegou em 11.17 de somatória, virando líder da disputa.
Na reta final, o mar serenou um pouco e o surfista da Austrália se complicou. Arriscando a prioridade que tinha nos minutos finais, Reef Heazlewood tentou ultrapassar Jadson André mas não conseguiu. Com isso, Jordy Smith venceu a bateria, com 11.17, seguido pelo brasileiro, com 7.83.
Miguel Pupo segue vivo na Austrália
Já na reta final de baterias do dia, Miguel Pupo foi para a água e disputou as duas vagas no round 3 com o português Frederico Morais e o australiano Julian Wilson. Logo no início da disputa, o surfista da Austrália abriu a disputa com um 5.50.
Após mais de 15 minutos de bateria, somente Wilson tinha conseguido ondas e liderava com 6.37. Neste momento da disputa, Frederico Morais somou seus primeiros pontos e assumiu o segundo lugar com 2.50, jogando a pressão para Miguel Pupo. Como resposta, o brasileiro fez a melhor nota da bateria.
Com uma série de manobras, Pupo somou 7.83 e tomou a ponta da disputa contra o português e o australiano. Na sequência, Julian Wilson e Frederico Morais melhoraram suas notas, com e voltaram a colocar o brasileiro em terceiro na disputa, com cerca de 10 minutos para o fim.
Um pouco mais para o fim da disputa, Miguel Pupo voltou a ocupar o segundo posto com um total de 11.60, após um 3.77, e colocou pressão no surfista de Portugal. Nos últimos minutos, o mar serenou mais uma vez e os surfistas não trocaram de posição, com o brasileiro e o australiano se classificando de forma direta para o round 3 e Frederico Morais indo para a repescagem.
Chave feminina
Tatiana Weston-Webb cresce com a bateria e vence
Abrindo a etapa de Magaret River de 2021, Tatiana Weston-Webb teve pela frente as australianas Macy Callaghan e Keely Andrew. No confronto, a brasileira demorou um pouco mais que as adversárias para conseguir surfar e acabou passando o início dos 35 minutos de bateria na terceira colocação.
Contudo, visando a qualidade e não a quantidade, Tatiana Weston-Webb assumiu a liderança no momento certo. Em sua terceira onda surfada na bateria, a representante do Brasil conseguiu a melhor nota da disputa e com um 7.17 assumiu a ponta, com 11.77 para não largar mais. Somente atrás da brasileira, Callaghan, que teve duas das três melhores notas da bateria, seguiu também de forma direta para o round de 16 e mandou Andrew para a repescagem.
Brasileiros caem para a repescagem
Alex Ribeiro não vai bem em Margaret River
Na primeira bateria masculina do dia, Alex Ribeiro teve como adversários Kanoa Igarashi, do Japão, e Seth Moniz, do Havaí. Diferente do que fez Tatiana Weston-Webb, Alex optou por surfar a primeira onda possível e desta forma assumiu a liderança da bateria com 3.67.
Com muito tempo para terminar a disputa, Kanoa e Seth foram, aos poucos, encostando no brasileiro e próximo da metade da disputa conseguiram passar Alex Ribeiro e controlaram seu destino. Já na reta final, o japonês e o americano usaram a prioridade ao seu favor e confirmaram a vaga no round 3 de maneira direta, deixando o surfista do Brasil cair para a repescagem.