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Mães de Ítalo, Medina e Filipinho declaram amor aos filhos

World Surf League (WSL) reuniu as mães de alguns campeões para falar sobre o amor maior do mundo às vésperas do Dia das Mães

Mães de Medina, Ítalo, Filipinho e Lucas Chumbo mostram amor aos filhos
Gabriel Medina e sua mãe (Instagram/gabrielmedina)

Se há alguém que vibra e sofre junto aos campeões mundiais da World Surf League (WSL) são as suas mães. Com trajetórias de vidas distintas, essas matriarcas têm em comum muita luta, dedicação e sacrifícios para viabilizar viagens e participações em campeonatos Brasil afora, muito antes de os filhos se tornarem surfistas profissionais com projeção internacional. Os depoimentos d  Simone Medina, Katiana Batista, Mari Toledo e Michele Cabral, mães de Gabriel Medina, Ítalo Ferreira, Filipinho Toledo e Lucas Chumbo retratam esse amor incondicional de que toda mãe fala, sobretudo ao ver o sonho de um filho realizado.

Simone Medina (mãe de Gabriel Medina): 

“No começo não foi fácil. O primeiro ano do Gabriel no CT (2011), em Pipeline, fiquei sem dormir, pedia a Deus para o mar baixar e baixou tanto que ficaram adiando as provas. Até que Gabriel pediu para que eu parasse com aquilo, senão não haveria campeonato. E, a partir daí, entendi que o que o deixava feliz era o mar grande e onda grande.

Ver um filho realizando um sonho é demais, porque o sonho dele passa a ser o seu, é uma vida inteira projetando o futuro dos nossos filhos. Quando vi Gabriel sendo pela primeira vez campeão do mundo (Medina ganhou seu primeiro título da WSL em 2014 e foi bicampeão quatro anos mais tarde) foi mágico, como se ele tivesse nascido de novo. Cada título foi de um jeito, com emoções diferentes, um momento único.

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👨‍👨‍👧‍👦❤️

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Gabriel Medina, a mãe e toda a família

Já estou me preparando para quando esse tri chegar. Com a Sofia (outra de seus filhos, de 14 anos, também surfista) vivencio um outro círculo da vida, pois minha insegurança não é tão grande hoje. Lógico que me preocupo em lugares com risco de tubarão, por exemplo, mas evito passar esse tipo de medo para eles. Fico feliz em vê-los correndo para o mar, pois a felicidade deles é mais importante do que qualquer circunstância”.

Katiana Batista (mãe de Ítalo Ferreira)

Sinto muito orgulho do Ítalo, que trabalhou pesado para chegar onde está e nem consigo descrever em palavras esse título (de campeão mundial da WSL 2019) conquistado por ele. É ainda um sonho que estamos vivenciando e um momento que vamos levar para a vida toda. Se Deus quiser é somente o início de muitas vitórias!

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JUST TO REMEMBER 👊😛 #2019 STOKE-ED

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Ítalo Ferreira sendo campeão mundial em 2019

Independentemente de já estar acostumada a assistir as competições dele, como mãe ainda tenho receio em vê-lo pegando grandes ondas. Mesmo que ele treine e se dedique muito e surfe bem, o frio na minha barriga sempre vem, pois o surfe não depende exclusivamente do surfista, mas muito das condições da natureza. Ítalo é o mais velho, com 26 anos, e depois vem a Pollyana, de 23, que gosta de surfar também, mas apenas por diversão porque competição nunca foi seu foco”.

Mari Toledo, (mãe de Filipe Toledo)

 “Morro de medo do mar e a vida inteira precisei lidar com isso vendo o Ricardinho (marido e ex-surfista) colocando as crianças na água desde cedo. Mas sempre confiei muito em Deus e meus filhos sabem os seus limites. Tenho quatro filhos (Matheus de 29 anos, Filipe de 25, Davi de 21 e Sofia de 19) e todos surfam, mas atualmente apenas Filipe compete profissionalmente.

Filipinho Toledo e a família

A sensação de medo aumenta quando vejo Filipinho numa onda com fundo de corais ou em ondas muito fortes, pois, dependendo como cai, me preocupo. Coração de mãe é assim mesmo e ele faz muito bem o seu papel. Ainda vou sentir a emoção de ver meu filho sendo campeão mundial.

Quanto ao DNA da família, acredito que meus netos (Mahina e Koa –filhos de Filipinho) vão seguir o mesmo caminho do pai e do avô, principalmente o Koa, que é super atirado e vai ser um grande surfista também”.

As Mães dos surfistas campeões Ítalo Ferreira, Gabriel Medina, Lucas Chumbo e Filipe Toledo, o Filipinho, declaram amor aos filhos
Filipinho, a esposa e os filhos (Instagram/filipetoledo)

Michele Cabral (mãe de Lucas Chumbo)

 “Esse mundo dos esportes radicais exige muito do emocional e sempre fez parte de nossas vidas. Somos uma família de surfistas e além do Lucas (24 anos) tenho o João Vitor (Chumbinho de 19). Acostumei com o mar gigante, mas a tensão é eterna.

Até hoje não consigo ver um campeonato do Lucas ao vivo. Quando entra no mar, fico nervosa e, ao mesmo tempo, feliz. E rezo muito. Graças à tecnologia, consigo administrar melhor as emoções. É um trabalho de profunda dedicação e comprometimento, pois o surfe exige isso.

Lucas viveu meses muito intensos desde o ano passado: foi treinar em Portugal, depois competiu no Havaí, onde se lesionou, depois foi para Espanha, passou as festas no Brasil e, ainda participou do BBB20. Depois de eliminado do programa, foi a Portugal e tornou-se campeão ( do Nazaré Tow Surfing Challenge 2020, categoria duplas, em ondas gigantes) WSL em Nazaré. É uma explosão de sentimentos: gratidão, reconhecimento e felicidade por sua conquista”.

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