Além da paixão pelo mar, as surfistas Marina Werneck, Claudinha Gonçalves e Nicole Pacelli, têm em comum o fato de terem se tornado mães em fevereiro de 2020 e, agora, vão passar o primeiro Dia das Mães em total sintonia com seus bebês. O amor aos filhos é total, mas as atletas não escondem também a vontade de voltar a surfar.
Saem as pranchas, entram as fraldas
Marina Wernerck, Claudinha Gonçalves e Nicoli Pacelli tiveram que trocar, temporariamente, pranchas, parafinas e ondas por fraldas, amamentação e algumas noites mal dormidas. Marina está encantada com Moana, Claudinha é mãe totalmente entregue à Clara e Nicole diz que faz todo o sentido ser mãe de Rudá.
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Embaixadora do surfe feminino pela WSL Latin America, a carioca radicada em Florianópolis (SC), Marina Werneck, já cruzou o mundo atrás das melhores ondas e conquistou vários títulos. Começou a competir aos 12 anos, há oito é adepta do free surf e chega aos 32 realizada como mãe e se adaptando à nova rotina.
“Nestes quase três meses de maternidade o aprendizado é gigante, um momento de total entrega e conexão com minha filha. É mágico, mas de grande responsabilidade”, afirma.
No domingo (10), Marina terá um Dia das Mães mais que especial: “Vamos passar pela primeira vez as quatro gerações juntas, minha mãe e avó estão em casa”.
Mudança para melhor
Aos 28 anos, a surfista de ondas gigantes Nicole Pacelli, é campeã mundial da International Surf Association (ISA) e campeã mundial de Stand Up. Mesmo assim, a atleta revela que nenhuma conquista foi tão emocionante quanto dar a luz ao filho Rudá.
“Minha vida mudou completamente e para melhor! Meu filho faz eu querer dar o melhor de mim todos os dias e viver o presente. Comecei a dar valor a coisas mais simples e básicas do dia a dia, a maternidade me trouxe isso”, comemora
Pacelli revela que apesar da dedicação integral ao filho, quando o bebê completou um mês, ela deu uma rápida escapada de casa e conseguiu surfar para matar a saudade do mar.
“O deixei com o pai e surfei por 30 minutos e foi ótimo, mas depois disso nunca mais, pois veio a pandemia. Quando tudo isso acabar pretendo voltar a surfar normalmente”, afirma a surfista, nascida em Maresias, em São Paulo. Nicole considera uma das vantagens de ser profissional no Stand Up Paddle (SUP) o fato de não precisar encostar a barriga na prancha, por esse motivo surfou até 38 semanas de gestação.
“Intensa, exaustiva e transformadora”
Paulista do Guarujá (SP), mas residindo na capital carioca, Claudinha Gonçalves, 35 anos, destaca ser este o momento mais desafiador e incrível de sua existência.
“Me sinto a mulher mais completa e forte do mundo. A maternidade é intensa, exaustiva e transformadora. É uma sensação de pertencimento e cumplicidade que jamais imaginei sentir,” conta a surfista Claudinha.
Surfista e produtora de conteúdo e de elenco do Canal Off, Claudinha também surfou até os oito meses de gestação e não vê a hora cair no mar.
“Surfar grávida foi umas das experiências mais emocionantes que vivi, um privilégio! Quando tudo isso passar pretendo revezar ondas e mamadas, porque o pediatra já liberou levar a Clarinha para a praia”, finaliza a surfista, que há um ano, está à frente de um projeto de clínicas de surfe feminino para encorajar e capacitar mulheres a praticar o esporte.